Cerca de 80% dos petroleiros do Rio Grande do Norte
paralisaram seus trabalhos nesta quinta-feira (17) em adesão à
paralisação nacional da categoria. A informação foi confirmada pelo
diretor do Sindicato dos Petroleiros de Mossoró, Vicente Isidoro.
Segundo o sindicato, a mobilização nacional se posiciona contra o leilão de Libra, em defesa da Petrobrás, do pré-sal e dos campos terrestres do Norte, Nordeste e do Espírito Santo.
Em Mossoró, a mobilização dos petroleiros começou por volta das 7h. Funcionários efetivos e terceirizados foram para a frente da base e bloquearam a entrada de veículos na empresa estatal. A greve é nacional e também cobra melhores salários e condições de trabalho.
Os funcionários do setor petroleiro no Brasil, incluindo os da Petrobras, aprovaram nesta quarta-feira uma greve por tempo indeterminado para protestar contra a licitação da área de Libra, na Bacia de Santos, informaram fontes sindicais.
'Cruzaremos os braços a partir da meia-noite desta quinta-feira e nos manteremos em greve por tempo indeterminado', disse o líder sindical Francisco José de Oliveira, diretor de Comunicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A FUP calcula que a greve pode alcançar uma adesão de 90% dos trabalhadores da Petrobras em todo Brasil e paralisar até a produção nas plataformas marinhas de exploração da estatal.
'Apenas setores administrativos manterão o funcionamento', afirmou Oliveira. A paralisação foi aprovada em assembleia pelos sindicatos regionais em todos os 26 estados do país e no Distrito Federal.
'O governo já entrou em contato para conversar, mas respondemos que qualquer negociação será com a produção paralisada', afirmou o dirigente da FUP, que condicionou a normalização das atividades à suspensão da licitação para oferecer direitos sobre o Campo de Libra.
Campo de Libra
Os trabalhadores se opõem à licitação organizada pelo governo federal, prevista para a próxima segunda-feira para a concessão dos direitos sobre de exploração de Libra, uma gigantesca jazida em águas profundas que, segundo as previsões oficiais, poderá produzir até um milhão de barris de petróleo diários.
Nove petrolíferas se inscreveram para disputar a licitação, mas a Agência Nacional de Petróleo (ANP) prevê que receberá ofertas de dois ou três consórcios em que se agruparão essas empresas.
Entre as pré-inscritas figuram sete das 11 empresas com maior valor de mercado no mundo: a China National Corporation (CNPC), a anglo-holandesa Shell, a colombiana Ecopetrol, a Petrobras, a francesa Total, a China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) e o consórcio hispânico-chinês Repsol/Sinopec.
Libra, uma jazida encontrada no pré-sal, a cerca de 183 quilômetros do litoral do estado do Rio de Janeiro, pode alcançar uma produção de um milhão de barris por dia, a metade da atual extração brasileira, segundo a ANP.
Pelos cálculos do regulador, o consórcio vencedor precisará operar entre 12 e 18 plataformas marinhas (cada uma com capacidade para extrair cerca de 150 mil barris) para explorar Libra, cujas reservas estão estimadas entre 8 e 12 bilhões de barris, o que significa que poderiam se aproximar das atuais reservas provadas do país, de 14 bilhões de barris.
O leilão será o primeiro que o Brasil realizará com as regras do chamado 'Regime de Divisão da Produção', que substituiu o regime de concessão e que garante ao Estado a maior parte da receita pela exploração do petróleo e a Petrobras o papel de operador e participação de pelo menos 30% em qualquer consórcio.
'O governo tem autonomia para garantir que essa reserva seja totalmente da Petrobras, mas preferiu entregar o 'tesouro' às multinacionais', valorizou o coordenador da FUP, João Antonio de Moraes.
A central sindical também exige a suspensão da tramitação no Congresso de um projeto de lei que regulamenta a contratação de empresas terceirizadas, que, para o sindicato, 'agrava consideravelmente as condições de trabalho e viola os direitos históricos dos trabalhadores'.
A paralisação também reivindica melhorias na proposta de reajuste salarial feita pela direção da Petrobras este mês.
Segundo o sindicato, a mobilização nacional se posiciona contra o leilão de Libra, em defesa da Petrobrás, do pré-sal e dos campos terrestres do Norte, Nordeste e do Espírito Santo.
Em Mossoró, a mobilização dos petroleiros começou por volta das 7h. Funcionários efetivos e terceirizados foram para a frente da base e bloquearam a entrada de veículos na empresa estatal. A greve é nacional e também cobra melhores salários e condições de trabalho.
Os funcionários do setor petroleiro no Brasil, incluindo os da Petrobras, aprovaram nesta quarta-feira uma greve por tempo indeterminado para protestar contra a licitação da área de Libra, na Bacia de Santos, informaram fontes sindicais.
'Cruzaremos os braços a partir da meia-noite desta quinta-feira e nos manteremos em greve por tempo indeterminado', disse o líder sindical Francisco José de Oliveira, diretor de Comunicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A FUP calcula que a greve pode alcançar uma adesão de 90% dos trabalhadores da Petrobras em todo Brasil e paralisar até a produção nas plataformas marinhas de exploração da estatal.
'Apenas setores administrativos manterão o funcionamento', afirmou Oliveira. A paralisação foi aprovada em assembleia pelos sindicatos regionais em todos os 26 estados do país e no Distrito Federal.
'O governo já entrou em contato para conversar, mas respondemos que qualquer negociação será com a produção paralisada', afirmou o dirigente da FUP, que condicionou a normalização das atividades à suspensão da licitação para oferecer direitos sobre o Campo de Libra.
Campo de Libra
Os trabalhadores se opõem à licitação organizada pelo governo federal, prevista para a próxima segunda-feira para a concessão dos direitos sobre de exploração de Libra, uma gigantesca jazida em águas profundas que, segundo as previsões oficiais, poderá produzir até um milhão de barris de petróleo diários.
Nove petrolíferas se inscreveram para disputar a licitação, mas a Agência Nacional de Petróleo (ANP) prevê que receberá ofertas de dois ou três consórcios em que se agruparão essas empresas.
Entre as pré-inscritas figuram sete das 11 empresas com maior valor de mercado no mundo: a China National Corporation (CNPC), a anglo-holandesa Shell, a colombiana Ecopetrol, a Petrobras, a francesa Total, a China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) e o consórcio hispânico-chinês Repsol/Sinopec.
Libra, uma jazida encontrada no pré-sal, a cerca de 183 quilômetros do litoral do estado do Rio de Janeiro, pode alcançar uma produção de um milhão de barris por dia, a metade da atual extração brasileira, segundo a ANP.
Pelos cálculos do regulador, o consórcio vencedor precisará operar entre 12 e 18 plataformas marinhas (cada uma com capacidade para extrair cerca de 150 mil barris) para explorar Libra, cujas reservas estão estimadas entre 8 e 12 bilhões de barris, o que significa que poderiam se aproximar das atuais reservas provadas do país, de 14 bilhões de barris.
O leilão será o primeiro que o Brasil realizará com as regras do chamado 'Regime de Divisão da Produção', que substituiu o regime de concessão e que garante ao Estado a maior parte da receita pela exploração do petróleo e a Petrobras o papel de operador e participação de pelo menos 30% em qualquer consórcio.
'O governo tem autonomia para garantir que essa reserva seja totalmente da Petrobras, mas preferiu entregar o 'tesouro' às multinacionais', valorizou o coordenador da FUP, João Antonio de Moraes.
A central sindical também exige a suspensão da tramitação no Congresso de um projeto de lei que regulamenta a contratação de empresas terceirizadas, que, para o sindicato, 'agrava consideravelmente as condições de trabalho e viola os direitos históricos dos trabalhadores'.
A paralisação também reivindica melhorias na proposta de reajuste salarial feita pela direção da Petrobras este mês.
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