segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Carro da PM é apedrejado e homem é morto durante festa política em Assu


Além do eleitor morto, carro da PM foi atingido por pedradas e um outro eleitor foi baleado na mão (Foto: Núcleo de Operação Rodoviária Estadual/G1)
 
Um homem foi morto a tiros e outro ficou ferido ao ser baleado no braço logo após a divulgação do resultado das eleições deste domingo (5) no município de Assu, a 207 quilômetros de Natal. De acordo com a Polícia Militar do Rio Grande do Norte, o crime aconteceu durante a festa de comemorações da vitória de um candidato da região, que se elegeu deputado estadual. A vítima foi identificada como Antônio Alison da Silva, de 26 anos, que teria discutido com outro eleitor.

Segundo o major Francisco de Assis Ferreira dos Santos, comandante da 10º Batalhão da PM, a polícia foi acionada até o local devido ao barulho dos carros de som. "Fomos cumprir uma ordem judicial para combater a poluição sonora. No local, nossa guarnição foi recebida a garrafadas e pedradas. Quando já estávamos controlando a situação, ouvimos os disparos", explicou o oficial.
Ainda de acordo com o major, Antônio Alison foi atingido por quatro disparos. "Foram quatro tiros que acertaram ele. Outro rapaz que foi baleado no braço, mas recebeu atendimento médico e passa bem. Nossa suspeita é que a motivação tenha sido uma discussão política entre os envolvidos", disse. "O suspeito conseguiu fugir a pé, mas já temos informações sobre quem seria e as repassamos para a Polícia Civil, que vai dar seguimento às investigações", completou.
O corpo de Antônio Alison foi encaminhado para a sede do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) do município de Mossoró, na região Oeste do estado.

Carro da polícia é depredado
A guarnição do Núcleo de Operações Rodoviária Estadual (NORE) foi danificada pelos eleitores que participavam da festa no Centro de Assu. O comandante da PM em Assu disse que as pessoas celebravam o resultado do pleito e reagiram à ação dos policiais. "O carro teve o parabrisa quebrado a pedradas e garrafadas. Vários moradores sofreram ferimentos devido a confusão", explicou.
"Nosso trabalho é no sentido de garantir que a população tenham direito de desfrutar de seu sossego. Vamos intensificar, cada vez mais, o combate à poluição sonora. Não permitiremos de forma alguma desvios de conduta neste sentido", ressaltou Assis Santos, comandante da 10º BPM.

Fonte: G1 RN

Biometria provoca atrasos e filas

Brasília  (AE) - O sistema de reconhecimento dos eleitores pela impressão digital, a biometria, provocou atrasos e filas em parte das 762 cidades onde foi usado no primeiro turno das eleições deste ano. “Isso tudo faz parte de um aprendizado. É como comprar um carro novo. Às vezes, você compra um carro novo e não sabe onde abre o tanque de combustível”, afirmou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro José Antonio Dias Toffoli, a respeito das dificuldades resultantes da adoção inédita da biometria em alguns Estados. Em 2012, na eleição de prefeitos, o sistema foi testado em algumas capitais.

Apesar das dificuldades registradas em vários estados, como o Rio Grande do Norte, Dias Toffoli acha que biometria foi um sucessoApesar das dificuldades registradas em vários estados, como o Rio Grande do Norte, Dias Toffoli acha que biometria foi um sucesso

Distrito Federal, Sergipe, Amapá e Alagoas cadastraram todo seu eleitorado no sistema biométrico e, de acordo com a Justiça Eleitoral, aparecem entre as Unidades da Federação que mais precisaram substituir urnas eletrônicas por conta de defeitos ao longo da votação. “Como está sendo a primeira eleição no Distrito Federal em que 100% da população é identificada biometricamente, muitas vezes há dificuldade no posicionamento do dedo”, disse Toffoli.

A identificação por biometria foi adotada para aumentar a segurança da identificação dos eleitores nos locais de votação. Autoridades que participaram do desenvolvimento do sistema acreditam que ele dificulta que um eleitor vote no lugar de outro porque, para liberar a urna, é necessário o reconhecimento da impressão digital.

No entanto, diversos casos foram registrados ontem, em que o reconhecimento biométrico não funcionou. Nesse caso, os mesários adotam o sistema tradicional e pedem que o eleitor apresente seus documentos para poder ser identificado manualmente.

Quinze capitais passaram pelo mesmo processo, incluindo Recife, Natal e Goiânia. Segundo o TSE,  domingo estavam habilitados a votar por biometria 15% dos eleitores brasileiros

Dificuldades com a identificação biométrica fizeram com que diversas seções eleitorais funcionassem até depois do horário estabelecido para o encerramento da votação, às 17h. No Rio Grande do Norte e em Brasília, eleitores que chegaram aos locais de votação dentro do horário, mas que não conseguiram votar por conta dos problemas técnicos, receberam senhas para poder votar depois do horário de encerramento.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal informou que foi preciso substituir 219 das 6.650 urnas que empregou no primeiro turno. O diretor-geral do TRE-DF, Arthur Cezar da Silva Júnior, disse que dificuldades na leitura biométrica e lentidão das urnas foram as principais causas das substituições.

O TRE do Rio Grande do Norte afirmou, por meio de sua assessoria, que o atraso era esperado justamente por conta do início do uso da biometria. Segundo o tribunal, 52% dos eleitores do Estado se habilitaram para votar com o novo sistema.

Em Niterói, no Rio de Janeiro, problemas com a identificação biométrica provocaram filas de até duas horas nas seções eleitorais. Em protesto, eleitores colocaram narizes de palhaço. A diretora-geral do TRE do Rio de Janeiro, Adriana Brandão, disse que a demora é “natural”. “Isso é natural, por ser a primeira vez da biometria e numa cidade com muitos eleitores”, afirmou.

O ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior Eleitoral, concedeu uma entrevista em Brasília para defender o uso da identificação por impressões digitais. Segundo ele, o sistema confere à eleição uma segurança que compensa qualquer atraso na votação.

Apesar do uso da biometria, algumas possíveis falhas na identificação de eleitores foram apontadas ao longo do domingo. O canal de TV “Globonews”, por exemplo, divulgou a história de uma eleitora do Distrito Federal que disse não ter conseguido votar porque alguém já teria votado com seu título.

O diretor-geral do TRE-DF, Arthur Cezar da Silva Júnior, disse que se trata de “uma situação até possível de ter acontecido”, mas que o sistema de reconhecimento biométrico não seria o fator causador do problema, mas sim o sistema tradicional de identificação em que o mesário digita o número do título do eleitor em um sistema.

'Sou a primeira senadora do RN de origem popular', diz Fátima



Fátima Bezerra foi eleita senadora pelo RN (Foto: Felipe Gibson/G1) 
Deputada federal em exercício de mandato, Fátima Bezerra (PT) mudará de casa em Brasília. A partir de 2015, ela passa a compor a bancada do Rio Grande do Norte no Senado Federal. Para ela, a vitória sobre a ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal, Vilma Maia de Faria, representa um "fato político novo, uma quebra de paradigmas". A candidata foi eleita com 808.055, o que equivale a 54,84% dos votos válidos.

Eleita senadora, Fátima agora espera contribuir para a vitória de Robinson Faria (PSD), candidato a governador do Rio Grande do Norte, e da presidente Dilma Rousseff (PT), que busca a reeleição no segundo turno contra Aécio Neves (PSDB).

"Nossa luta não terminou. Vamos trabalhar firmemente para eleger o nosso candidato a governador Robinson Faria e a nossa presidente Dilma Rousseff", lembrou.

Fátima é filiada ao PT desde 1981. Em 1994 e 1998, foi eleita deputada estadual. Em 1996, 2000 e 2008, se lançou candidata à prefeita de Natal, mas acabou derrotada por Vilma Maria de Faria, nas duas primeiras eleições, e Micarla de Sousa, respectivamente. Em 2002, foi eleita a deputada federal mais votada do Rio Grande do Norte e renovou o mandato nos dois pleitos seguintes. Agora, em 2014, decidiu buscar a vaga para o Senado Federal e se tornou a primeira eleita do PT para o cargo.

"Isto aumenta mais ainda a nossa responsabilidade. Mas sempre digo que vou corresponder a esta confiança como sempre fiz, com seriedade, ética, compromisso. Pela legitimidade do cargo e por ter mais representatividade, espero ajudar ainda mais o estado e trabalhar em prol do Brasil", contou.

Confira a composição da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte

Os eleitores do Rio Grande do Norte definiram, na eleição deste domingo (5), os 24 deputados que formarão a nova composição da Assembleia Legislativa. O PMDB teve o maior número de eleitos, cinco, seguido pelo PROS (4) e PSD (3). Os partidos PSB e DEM tiveram dois, cada. Foram apurados 1.935.105 votos. Destes, 1.658.348 foram votos válidos.

Na eleição, 16 deputados que cumprem mandato foram reeleitos: Ricardo Motta (PROS), Hermano Morais (PMDB), Gustavo Carvalho (PROS), Ezequiel Ferreira (PMDB), Getúlio Rêgo (DEM), Nelter Queiroz (PMDB), Tomba Farias (PSB), Gustavo Fernandes (PMDB), Agnelo Alves (PDT), George Soares (PR), Márcia Maia (PSB), Raimundo Fernandes (PROS), José Adécio (DEM), José Dias (PSD), Fernando Mineiro (PT) e Kelps Lima (PS).
A Assembleia Legislativa recebe oito novos deputados: Albert Dickson (PROS), Álvaro Dias (PMDB), Galeno (PSD), Dison Lisboa (PSD), Cristiane Dantas (PC do B), Carlos Augusto Maia (PT do B), Jacó Jácome (PMN) e Souza (PHS).
Os oito representantes que não foram reeleitos são: Walter Alves (PMDB) e Antônio Jácome (PMN), que foram eleitos deputados federais; Leonardo Nogueira (DEM), Larissa Rosado (PSB) e Vivaldo Costa (PROS), que não conseguiram a reeleição; Fábio Dantas (PC do B) é candidato a vice-governador na chapa de Robinson Faria; Gesane Marinho (PSD) e Gilson Moura (PROS) não tentaram a vaga para a Assembleia.
Confira abaixo a lista dos eleitos por coligação:
Coligação "União pela Mudança 2"

Ricardo Motta (PROS) - 80.249 votos
Hermano Morais (PMDB) - 60.813 votos
Kelsp Lima (PS) - 59.619 votos
Gustavo Carvalho (PROS) - 57.757 votos
Ezequiel Ferreira (PMDB) - 54.438 votos
Getúlio Rego (DEM) - 52.118 votos
Nelter Queiroz (PMDB) - 51.773 votos
Tomba Farias (PSB) - 48.980 votos
Gustavo Fernandes (PMDB) - 42.975 votos
George Soares (PR) - 38.637 votos
Agnelo Alves (PDT) - 37.768 votos
Albert Dickson (PROS) - 37.461 votos
Márcia Maia (PSB) - 36.997 votos
Raimundo Fernandes (PROS) - 35.333 votos
Jose Adecio (DEM) - 34.879 votos
Alvaro Dias (PMDB) - 34.638 votos

Coligação "Liderados pelo Povo 3"

Galeno (PSD) - 63.286 votos
José Dias (PSD) - 37.844 votos
Dison Lisboa (PSD) - 26.618 votos
Coligação "Liderados pelo Povo 4"

Fernando Mineiro (PT) - 42.088 votos
Cristiane Dantas (PC do B) - 38.955 votos
Carlos Augusto Maia (PT do B) - 20.140 votos

Coligação "União pela Mudança 3"

Jacó Jácome (PMN) - 28.620 votos
Coligação "Sem Mudança não há esperança 2"

Souza (PHS) - 20.440 votos

Henrique e Robinson disputam 2º turno no Rio Grande do Norte

O segundo turno das eleições para governador do Rio Grande do Norte será disputado entre os candidatos Henrique Eduardo Alves (PMDB) e Robinson Faria (PSD). Segundo a Justiça Eleitoral, com 100% dos votos apurados neste domingo (5), Alves teve 702.196 votos, o que corresponde a 47,34% dos votos válidos. Faria recebeu 623.614 votos, o equivalente a 42,04%.

Henrique Eduardo Alves nasceu no Rio de Janeiro, tem 65 anos e é formado em Direito. Tem 43 anos de vida parlamentar e 11 mandatos seguidos de deputado federal representando o Rio Grande do Norte, sempre pelo mesmo partido, o PMDB. Foi eleito pela primeira vez em 1970, depois de o pai dele, o ex-governador do Rio Grande do Norte Aluízio Alves, ter sido cassado no regime militar. Foi eleito presidente da Câmara dos Deputados para o biênio 2013-2014. Essa é a primeira vez que Henrique Eduardo Alves assume um cargo no Executivo. Em 1988 e 1992 se candidatou à Prefeitura de Natal, mas perdeu nos dois pleitos.

Robinson Faria nasceu em Natal, tem 55 anos e também é formado em Direito. Foi deputado estadual durante 26 anos e nos últimos dois mandatos exerceu a Presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte pelo período de oito anos. Por iniciativa própria, abraçou a carreira política liderando a Região Agreste, de onde se origina sua família, elegendo-se o deputado mais jovem do Estado em 1986. Em 2010, Robinson Faria foi eleito vice-governador pelos potiguares, mas rompeu com a governadora Rosalba Ciarlini após oito meses de governo. Em 2011 foi secretário estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos.
 
Propostas
Durante a campanha, Henrique disse que vai priorizar a segurança pública, criando "força tarefa para ação emergencial". Ele também pretende implantar um Programa Estadual de Defesa Social, em parceria com governo federal e municípios. Na área da saúde, ele quer firmar "parcerias com municípios, fortalecendo o atendimento de baixa complexidade, recuperar hospitais regionais e abrir um novo hospital de emergência em Natal. Para a educação, as propostas de Henrique são: capacitar e valorizar o professor e modernizar a estrutura. Intensificar o acesso à informática e implantar a escola de tempo integral".
As propostas de Robinson para a segurança pública são: "redução da violência. Gestão por resultados e premiação. Compatibilização de áreas. Centrais de Polícias. Inteligência. Polícia Comunitária". Para a saúde, ele quer um "sistema de gestão. Integração com os profissionais da área. Regionalização, harmonização dos convênios. Redes de atenção à saúde e do COAP". E na área de educação, ele propõe: "universalização. Garantir educação de qualidade. Gestão e foco no resultado. Tempo integral. Priorizar o PNE, PEE e Pronatec".

Discursos
Em seu discurso após a apuração, Henrique Eduardo Alves disse: “Vamos organizar o time para o segundo tempo, que é o segundo turno. Reconheço que a votação de Robério Paulino foi responsável por levar essa disputa ao segundo turno. Mesmo assim, agradeço a votação expressiva que obtive e vamos manter a luta para ser governador do RN”.
Robinson Faria disse: “Vi como uma vitória. Poucos imaginavam que acontecesse. Enfrentei uma aliança jamais vista no RN. Fui um candidato de resistência, com coragem e esperança. Fui muito subestimado, mas apostei em um sonho, algo que faz parte da minha trajetória política, que é ousar”.

Campanha
O resultado confirmou o que previam as pesquisas de intenção de voto. Henrique apareceu em primeiro lugar em todas as pesquisas do Ibope realizadas no Rio Grande do Norte. Robinson sempre esteve em segundo lugar. A soma dos votos válidos dos demais candidatos forçou o segundo turno no estado.

Desde o início da campanha, ficou claro que a disputa era para saber se Henrique venceria em primeiro turno ou se Robinson Faria, segundo colocado na briga, conseguiria chegar ao segundo turno.

Mesmo com essa bipolarização, a campanha para o governo do Rio Grande do Norte deste ano não teve nenhuma grande polêmica.

Confira votação dos candidatos
Henrique Eduardo Alves (PMDB): 47,34%
Robinson Faria (PSD): 42,04%
Professor Robério Paulino (PSOL): 8,74%
Simone Dutra (PSTU): 0,98%
Araken Farias (PSL): 0,90%