Brasília (AE) - O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp
(RO), afirmou que o partido discute se fundir com seis legendas. Raupp
não quis revelar quais são os partidos, mas acredita que as conversas
se intensificarão após as eleições municipais. "Nós estamos
conversando. Neste momento de eleição, não seria interessante dizer os
nomes. Após as eleições, vamos intensificar as conversas e a
possibilidade de fusão é praticamente real. Nós estamos conversando com
meia dúzia de partidos", afirmou. Um dos que participam dessas
tratativas é o Democratas.

Senador Valdir Raupp afirma que número de partidos políticos no Brasil é excessivo
Raupp
disse que há um "desconforto" de várias legendas com o que chamou de
"pulverização de partidos". Atualmente são 30 disputando as eleições.
"Esse número está excessivo. Estou sabendo que igrejas estão querendo
criar novos partidos. Em 2014, podem criar mais meia dúzia. Vai virar
uma torre de babel, com todo respeito à democracia", avaliou.
Segundo
o presidente do PMDB, as fusões no ano que vem poderiam amenizar este
quadro, fortalecendo os partidos. Para o peemedebista, a tendência para
a eleição de 2014 é a legenda encampar a reeleição da presidente Dilma
Rousseff e, somente em 2018, almejar uma candidatura própria.
Questionado sobre quais seriam os nomes, Raupp disse: "Não se forma
liderança do dia para a noite: (Michel) Temer, (Sérgio) Cabral,
(Eduardo) Paes, (Gabriel) Chalita. Precisa projetar nomes para 2018".
Raupp
afirmou que o PMDB espera eleger em outubro 1,2 mil prefeitos. O
partido lançou cerca de 2,3 mil candidatos a prefeitos, 1,7 mil a
vice-prefeitos e 41 mil candidatos a vereadores. O presidente do PMDB,
que lançou um novo site do partido integrado a redes sociais, se
licencia hoje do Senado para se dedicar às candidaturas da legenda
Ele
destacou ainda não ver "nada demais" no fato de o partido presidir, a
partir de 2013, a Câmara e o Senado ao mesmo tempo. Na Câmara, o nome
do líder da bancada, Henrique Eduardo Alves (RN), está, segundo Raupp,
"consolidado". E no Senado, completou, a praxe é a maior bancada lançar
o candidato. Entre os potenciais postulantes, estão o líder do partido
no Senado, Renan Calheiros (AL), e o ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão (MA), que poderia reassumir o cargo de senador.
Uma
das possibilidades de fusão do PMDB é com o DEM. Os democratas passaram
do quarto para o nono lugar na lista de partidos com mais candidatos a
prefeito. Agora, quem ocupa a quarta posição é o rival PSD, que vai
disputar mais de mil prefeituras. O DEM também perdeu em número de
vereadores. Este ano são 4,3 mil a menos.
Mas não é apenas o DEM
que perdeu candidatos a prefeito. Entre os grandes partidos, a segunda
maior queda é do PR, que diminuiu 24%. Também caíram PTB (20%), PDT
(16%), PP (13%), além do PMDB (16%) e do PSDB (10%). Juntos, os sete
partidos têm 1.900 candidatos a menos que nas últimas eleições
municipais de 2008.
A descida foi compensada pelo surgimento do
PSD e pelo crescimento do PSB (14%), do PT (7%), que somaram 1.340
candidaturas adicionais. Também se destacaram os partidos menores de
orientação de esquerda. Juntos PSOL, PSTU e PC do B vão disputar 121
prefeituras a mais este ano.
Henrique destaca atuação da bancadaBrasília
(DF) - O líder da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique
Eduardo Alves (RN), considerou bastante positivo o trabalho realizado
por ele ao longo do semestre. "Foi uma luta que exigiu muita
articulação e capacidade para negociar", disse o deputado potiguar no
último dia de trabalho.
Envolvido com as últimas votações da
semana, antes do recesso parlamentar, o líder lembrou que o PMDB, com
81 deputados, teve participação decisiva em todas as votações se
posicionando favorável ou contra as proposições apresentadas em
plenário.
As reuniões de bancada, realizadas ao longo do
semestre, serviram para fortalecer a democracia interna e unir o
partido em torno de assuntos polêmicos como o Novo Código Florestal. O
PMDB teve posição quase unânime pela aprovação da matéria. O relator
foi o deputado Paulo Piau (PMDB-MG).
O deputado também citou o
FUNPRESP que instituiu a previdência complementar para os servidores
públicos, como bandeira do PMDB na Câmara dos Deputados. A aprovação do
FUNPRESP teve o apoio de 95% dos deputados do PMDB.
Outro
destaque de Henrique Alves foi para a Proposta de Emenda à Constituição
que deu equivalência salarial aos aposentados por invalidez com os
servidores da ativa. A PEC teve 100% de apoio da bancada.
Henrique
Alves ainda destacou a participação do partido na lei Geral da Copa e
na ampliação do Regime Diferenciado de Contratação para as obras do
Programa de Aceleração do Crescimento.
O partido também foi
100% a favor da regulamentação da carreira de Procurador Municipal e se
posicionou favorável às PEC's do Trabalho Escravo e do Sistema Nacional
de Cultura.
Sob a liderança do deputado Henrique Alves, o PMDB
foi favorável à reestruturação de várias carreiras do funcionalismo
público e às mudanças na Caderneta de Poupança beneficiando milhões de
brasileiros.
O partido também teve participação decisiva nas
seguintes matérias: dos medicamentos genéricos veterinários; dos novos
direitos de assistência médica aos pacientes com câncer; que tipifica
como crime a exigência de caução em atendimento médico de emergência e
a que aumenta o prazo para prescrição do crime de pedofilia. Henrique
Alves ainda articulou a entrada em pauta da lei que criou novas varas
do trabalho nos TRT's, seis delas no Rio Grande do Norte.
PSDB reage às acusações contra Perillo Brasília
(AE) - A cúpula do PSDB fez ontem a mais enfática defesa pública do
governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, sob suspeita de
envolvimento com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Em
entrevista coletiva, os tucanos acusaram os integrantes do PT na CPI do
Cachoeira, a Polícia Federal e o governo Dilma de direcionarem as
investigações para atacar Perillo. Para o PSDB, o objetivo é desviar o
foco do julgamento do mensalão, que começará a ser apreciado pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) no início de agosto.
"Essa
história de ficar atirando no Marconi de manhã, de tarde, de noite, é
uma fraude", disse o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio
Guerra (PE). "Há uma nítida trama de desviar o foco do julgamento que
se aproxima, o julgamento do mensalão", reforçou o líder do partido na
Câmara, Bruno Araújo (PE). "Querem requentar fatos, reconvocar pessoas,
ganhar tempo e evitar que a CPI chegue no âmago do esquema de corrupção
centralizado por Cachoeira com a Delta", afirmou o líder tucano do
Senado, Alvaro Dias (PR).
Para os tucanos, o PT está à frente de
um movimento realizado para fazer "espuma" em cima de Perillo, com o
objetivo de rivalizar com o mensalão, melhorar o desempenho do partido
nas eleições municipais e não investigar a fundo as suspeitas de
irregularidades da Delta, empreiteira ligada a Cachoeira, no governo
federal. De acordo com o PSDB, a ação contaria com o respaldo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ex-ministro José Dirceu,
que será julgado no caso do mensalão, e até da presidente Dilma
Rousseff. Foram feitas também críticas nominais ao vice-presidente da
CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), e ao relator da comissão, Odair
Cunha (PT-MG), que já sinalizaram apoio ao indiciamento de Perillo ao
fim das investigações.
A cúpula do PSDB cobrou a investigação da
relação da Delta com o governo do Rio de Janeiro, do peemedebista
Sérgio Cabral. "Por que não querem convocar o governador do Rio de
Janeiro?", questionou Alvaro Dias, ao citar que o PMDB é o segundo
partido que mais repassou recursos para a empreiteira. O campeão entre
os partidos é o PR, que comanda o Ministério dos Transportes. Em
terceiro lugar, vem o PT, seguido pelo PSDB. Alvaro Dias criticou o que
considera como "operação para transformar a CPI em um tribunal de
exceção".