domingo, 27 de janeiro de 2013

Revista Época: Polícia Federal investiga pagamento de propina a Henrique Alves


Pouco mais de uma semana antes da eleição para Presidência da Câmara, o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) volta a ser alvo de denúncias na imprensa nacional. Neste sábado, foi a vez da revista Época trazer em destaque uma investigação da Polícia Federal, remanescente da Operação Navalha, de 2007.
Na denúncia, o parlamentar do Rio Grande do Norte é acusado de receber propina para facilitar o acerto de contratos da empresa de Zuleido Veras, a construtora Gautama, com ministério em Brasília e governos estaduais. Segundo a revista, a propina também foi paga ao senador Renan Calheiros (PMDB), candidato favorito à Presidência do Senado.
“As provas constituem-se de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, relatórios de vigilância dos assessores de Renan e Henrique Alves, recibos bancários, anotações em agenda – e até uma contabilidade de caixa dois, preparada pelo tesoureiro de Zuleido”, diz Época.
Uma das obras suspeitas de terem sofrido influência tanto de Henrique como de Renan é a barragem Duas Bocas/Santa Luzia, em Alagoas, que deveria abastecer a região metropolitana de Maceió.
“A busca de Zuleido para liberar dinheiro para a obra mobilizou tanto Renan quanto assessores de Henrique Alves. Era uma obra de R$ 77 milhões que, depois de receber R$ 30 milhões, está parada. Nada mudou. Assim como nada mudou em Brasília, onde os personagens envolvidos nesse desvio continuam em seus cargos”.
A aproximação de Zuleido com Henrique se deu por meio de Francisco Bruzzi, “assessor e braço direito do deputado”, conta a revista. “Às 8h43 do dia 9 de março, Zuleido liga para o celular de Bruzzi. Tenta tranquilizá-los. ‘O material está chegando hoje à tarde.’ Bruzzi fica aliviado: ‘Ainda bem, porque o homem está me cobrando’. Quem seria esse ‘homem’? Não fica claro no diálogo. Mas o único chefe de Bruzzi era o deputado Henrique Alves”, revela Época.
“Horas depois, às 13h29, Zuleido telefona a Tereza, uma de suas assessoras, e explica que o dinheiro da propina estava a caminho de Brasília. Segundo a PF, parte (R$ 100 mil) do butim foi entregue a Ivo Costa, assessor do então ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau – quando se descobriu esse pagamento, ainda em 2007, Rondeau foi demitido. Mas o restante do pagamento (R$ 20 mil) ficou em segredo. Esses R$ 20 mil, diz Zuleido nas gravações, cabiam a Bruzzi: ‘Tá indo aí (o dinheiro)… Você vai passar pra Bruzzi, tá?’.
Ainda de acordo com a publicação, a investigação em cima dos líderes do PMDB não foi aberta na Justiça porque o diretor de Inteligência da PF na época, o delegado Renato Porciúncula, tinha parentes próximos com cargos de confiança no Senado. “A mulher e o enteado de Porciúncula eram funcionários comissionados do Senado”, revela. Favorito para a disputa na Câmara, Henrique Alves foi procurado pela reportagem do veículo e não quis se pronunciar sobre a denúncia . A matéria completa pode ser conferia no site da Época ou na revista impressa, que está nas bancas.

Com Campo Grande e Assú, já são oito cidades do Rio Grande do Norte sem carnaval por causa da seca
Aos poucos, vai crescendo a lista de municípios potiguares que não realizarão festa de carnaval este ano. Apenas nesta semana, as prefeituras de Assú e de Campo Grande confirmaram que não destinarão nenhum recurso público para a folia de momo.
Com isso, já são oito as cidades potiguares sem festividades durante o período carnavalesco. Além das duas citadas acima, as cidades de Guamaré, Jardim do Seridó, Santana do Mato, Felipe Guerra, Lajes e Almino Afonso já haviam descartado o “investimento”.
As decisões dos municípios surgem em decorrência da recomendação conjunto do Tribunal de Contas do Estado (TCE), do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP/RN) e da Federação dos Municípios do RN (Femurn). As entidades pediram que as cidades em estado de calamidade pública devido à seca não realizassem despesas com eventos festivos, como o carnaval.
“Desta forma, o entendimento da administração municipal do Assú é de que a realização de festas – neste momento – diante do cenário emergencial do município, violaria os Princípios Constitucionais da Administração Pública, uma vez que diante de uma situação de calamidade – e, sem dúvidas, esse é o quadro atual gerado pela seca -, os recursos devem ser priorizados”, completa Ivan Júnior.
Já no site da Prefeitura de Campo Grande, o prefeito Francisco das Chagas Vieira, o Bibi de Nenca, diz que a “medida extrema mostra-se adequada a realidade local”. Com isso, o município não realizará o tradicional Carnaval do Morcego.


Estiagem que, por sinal, “fica cada vez mais acentuada com a falta d’água, principalmente na zona rural, queda da produção agrícola e morte de animais”, diz o prefeito de Assú, Ivan Júnior (PP), na nota. Segundo a recomendação, as prefeituras não devem contratar artistas, serviços de “buffets” ou montagens de estruturas de palco para apresentações artísticas enquanto durar a situação emergencial.
Ainda de acordo com o prefeito, a cidade está sendo “castigada em face da seca que assola a região”. O gestor complementa afirmando não ser “justo muito menos prudente neste momento, utilizar dinheiro público com eventos festivos, quando as despesas municipais necessitam ser reduzidas em face da situação econômica vivenciada pelo município”.

Centenas de médicos protestam contra o Governo Rosalba e declaram apoio ao presidente do Cremern



Protesto tem objetivo de continuar pressão pela melhoria dos hospitais e das condições de trabalho dos profissionais. Foto: José Aldenir
Às vésperas do Carnaval, os médicos do Estado colocaram o bloco na rua em protesto contra o Governo do Estado e em apoio ao presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremern), o cirurgião Jeancarlo Cavalcante. Ao invés da festa, o luto, uma vez que não há nenhum motivo de alegria para comemorar. A crise da saúde, em especial a situação caótica da maior unidade hospitalar do Rio Grande do Norte, o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, foi o enredo dos manifestantes, no protesto intitulado Marcha do Fio de Aço.
Ao som de palavras de ordem em apoio ao presidente do Cremern, Jeancarlo Cavalcante, “Doutor Jean é nosso amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”, centenas de manifestantes, entre profissionais de saúde, em sua maioria médicos, representantes da sociedade civil organizada, estudantes, políticos e apoiadores do movimento, saíram em caminhada da sede da Associação Médica do RN em direção ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Durante o protesto houve também o terceiro enterro do Governo do Estado, simbolizado por um caixão preto.
Geraldo Ferreira, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed/RN) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), disse que o protesto deste sábado é uma forma de continuar a pressão pela melhoria das condições de trabalho dos profissionais de saúde nas unidades hospitalares do Estado. “A falta de fio de aço foi o estopim para mostrar o descaso e o desgoverno dessa administração, pois um cirurgião não ter fio de aço para fechar o paciente é o cúmulo do descaso. Há tempos, este governo abandonou a saúde a própria sorte. Se a situação continuar como está vai desencadear um clamor na sociedade pelo afastamento da governadora, tal como foi feito com a ex-prefeita Micarla de Sousa, por absoluta incompetência em solucionar os problemas do Estado, em especial da saúde”, destacou.
O presidente da Fenam participou nesta sexta-feira (25), de uma reunião no Ministério do Trabalho e ficou definido que será criada uma comissão para realizar uma sindicância a fim de fazer um levantamento das condições de trabalho da classe médica do Rio Grande do Norte. Até a segunda quinzena de março, a comissão deverá estar desembarcando no Estado para começar as atividades. “Esse é o primeiro governo que vejo conjugar a medicina com insensibilidade, que se arma de arrogância para punir e perseguir aqueles que lutam em defesa de melhores condições para os profissionais e para uma melhor assistência à população”, afirmou Geraldo Ferreira.
Diante do descaso do governo com a saúde pública, os médicos ficam ainda mais decepcionados, segundo Geraldo Ferreira, pelo fato de a governadora ser uma médica. “Os médicos nunca quiseram nenhum tipo de privilégio, mas tínhamos a perspectiva de que fosse um governo que tivesse um olhar especial para a saúde, mas o que aconteceu foi o contrário, a saúde caminha cada vez mais para a falência e, para complicar, a situação a governadora ainda elegeu a categoria médica como inimiga. O governo quer sucatear ao máximo a saúde pública para entregá-la a iniciativa privada. É um governo covarde, incompetente e frustrado”, desabafou o presidente dom Sinmed/RN.
A camisa usada pelo presidente do Cremern, o cirurgião Jeancarlo Cavalcante, bem como por diversos manifestantes, dava a tônica do protesto. A arte foi desenvolvida pelo médico, que também é desenhista, Sólon Maia, como uma sátira a situação que gerou toda a polêmica pela falta de fio de aço para fechar um paciente durante uma cirurgia realizada há duas semanas no Hospital Walfredo Gurgel. Na arte apresenta um manual de técnica de cirurgia. O texto, acompanhado das imagens, diz: “Na falta de fio de aço poderá fechar o tórax do paciente com cinto, cadarço, faixa, gesso, fita adesiva e cadeado de portão”. A imagem está nas redes sociais e em poucos dias já teve mais de 1.500 compartilhamentos.
“Agi institucionalmente, mas o Governo deu a resposta agindo de forma pessoal, o que gerou toda essa revolta da classe médica e da sociedade, que se mostra presente neste protesto. A lógica não se fez no Rio Grande do Norte, uma governadora médica e a saúde encontra-se nessa situação caótica. Quando pensamos que está no fundo do poço, a situação ainda pode piorar. Chegamos a um ponto que não tem mais retorno, não há fio de aço que segure esse governo. Jamais poderia imaginar que aquela madrugada quente de janeiro, com a cirurgia sendo realizada em condições inadequadas, pela falta de fio de aço para fechar o paciente, poderia tornar-se em um grito de indignação da sociedade. Hoje me sinto com o dever cumprido, não me perdoaria se tivesse sido omisso. Faria tudo outra vez”, destacou o presidente do Cremern, Jeancarlo Cavalcante.
O senador Paulo Davim, que também é médico e militante na área da saúde, também participou do protesto e não poupou críticas ao Governo do Estado. Sofrível. Assim, o senador avalia o Governo do Estado em relação à saúde pública. “A situação é grave e não tem como se dobrar a evidência. O caos existe e é fato. O que está sendo levado para as televisões, em nível nacional, os médicos do Estado já vivenciam isso diariamente há muitos anos. Estamos cansados de vivenciar esse descaso e é preciso que seja dado um basta nesta situação”, ressaltou o senador.
Paulo Davim também manifestou solidariedade ao presidente do Cremern. “Que governo é esse que maltrata os profissionais de saúde e não garante o mínimo de assistência à população? Que governo é esse que persegue, ameaça, e aponta o dedo dizendo que um médico com mestrado e doutorado em cirurgia torácica não sabe cirurgiar? Que governo é esse que bate diuturnamente no médico, enfermeiros, e demais profissionais de saúde e não se sensibiliza aos gemidos da categoria médica? Esse é o governo do Estado, que tem o descaso e descompromisso com a saúde pública”, desabafou o senador, que também é médico.
O presidente do Conselho Estadual dos Direitos Humanos, Marcos Dionízio, que também somou-se ao movimento, por considerar a saúde como um direito inerente a condição humana e a crise instaurada na saúde fere esse direito básico da população. “O Hospital Walfredo Gurgel que historicamente foi um centro de salvar vidas passa por uma crise sem explicação. O Governo ao invés de equacionar os problemas e garantir a assistência, preferiu processar um médico sério que apenas mostrou a realidade da saúde. O governo tenta fazer uma política de caça às bruxas e de uma forma perversa está aprofundando o sofrimento mental dos profissionais que trabalham no Walfredo Gurgel, pelas precárias condições de trabalho. A saúde é apenas a ponta do Iceberg, pois todas as políticas públicas do Estado estão falidas”, destacou.
A presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde Pública do RN (Sindsaúde/RN), Sônia Godeiro, que também é pediatra no Hospital Walfredo Gurgel relata que, assim como o cirurgião Jeancarlo Cavalcante, também sofre com a falta de insumos no hospital. A pediatra conta que além da falta de medicamentos, respirador e lençóis, os profissionais ficam aflitos quando chega uma criança em situação de urgência, precisando de leito de UTI, pois geralmente não há vagas. “Ficamos aflitos porque normalmente não há vagas e temos que medicar e garantir a vida das crianças sem a menor condição de trabalho. A nossa decepção maior é que a governadora é pediatra e a situação na saúde só piora e caminha de mal a pior”, afirmou a sindicalista.
Marcos Martins é presidente da Associação dos Trabalhadores da praia de Ponta Negra e também participou do protesto em apoio ao presidente do Conselho e contra o descaso do “governo Rosa”. “A saúde deveria ser a menina dos olhos dessa governadora, mas ela a trata como escanteio. Estamos aqui para unir forças para denunciar e protestar contra o descaso. Os médicos não estão sozinhos, é uma briga não dos médicos, mas sim da sociedade. É um dever moral estarmos aqui. Um homem que tinha tudo para se calar, teve coragem e hoje se torna um exemplo de cidadão destemido, honrado e corajoso”, disse.

Governadora Rosalba Ciarlini fiscaliza Operação Praia Segura no litoral Norte do RN

Neste sábado (26), a governadora Rosalba Ciarlini acompanhou de perto a ação de policiais militares, bombeiros, Defesa Civil, Detran e voluntários no litoral Norte, na Operação Praia Segura. A governadora visitou o trecho conhecido como “Trevo de Estivas”, conversou com condutores e alertou sobre os riscos da combinação álcool e direção.

Na semana passada, a governadora já havia visitado postos de fiscalização na Via Costeira, em Natal, no posto de Pium, e em Pirangi. Nas três situações, Rosalba Ciarlini participou ativamente das abordagens aos motoristas e motociclistas, entregando panfletos e conversando com potiguares e turistas que visitam o Estado nesta época do ano.

A Operação Verão tem a participação da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Secretaria de Estado da Saúde Pública, Detram/RN, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar, Polícia Civil, Defesa Civil Estadual, SAMU 192, Idema, Caern, Polícia Rodoviária Federal, Cruz Vermelha, Campanha Trânsito na Paz, Movimento de Escoteiros do RN, Fecomércio/SESC, Departamento de Missões da Assembleia de Deus, dentre outros.

Fonte: Por Redação Assecom

Dilma Rousseff se encontra com parentes de vítimas e feridos de incêndio em Santa Maria (RS)


A presidenta Dilma Rousseff deixou há pouco o ginásio de esportes de Santa Maria, onde se encontrou com parentes de vítimas do incêndio na boate Kiss, na madrugada de hoje (27). Muito emocionada, a presidenta deixou o local sem falar com a imprensa. Antes de chegar ao ginásio, ela também passou no Hospital Caridade, onde estão sendo atendidos parte dos feridos. A presidenta segue para a Base Aérea de Santa Maria, acompanhada pelo prefeito da cidade, César Schimer.
Roberto Stuckert Filho/PRDilma cancelou compromissos no Chile e viajou para a cidade de Santa MariaDilma cancelou compromissos no Chile e viajou para a cidade de Santa Maria
A presidenta estava acompanhada do ministro da educação, Aloizio Mercadante; da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-SP). "É o tipo de tragédia que ninguém imagina que possa acontecer. Nossa preocupação agora é atender as famílias, e depois vemos outras coisas [apuração sobre as causas e responsáveis pelo acidente]", disse Marco Maia.

Dilma que participava da reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos com a União Europeia, no Chile, cancelou a participação em três reuniões com autoridades da Argentina, Letônia e Bolívia por causa da tragédia e seguiu para Santa Maria. Em rápida entrevista, ainda no Chile, a presidenta se emocionou ao comentar a tragédia.

O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, a cerca de 300 quilômetros da capital Porto Alegre, resultou na morte de 232 pessoas e não de 245, conforme anunciado inicialmente pelas autoridades locais.

*Com informações da Agência Brasil