domingo, 24 de março de 2013

Peixe começa a ficar mais caro

A chegada da Semana Santa aumenta consideravelmente a procura por peixes em Natal. No Canto do Mangue, onde a demanda é alta, alguns comerciantes chegam a vender cinco vezes mais do que em outras épocas do ano. Os peixes mais procurados são comercializados por preços que variam entre R$ 13 (pescado de segunda) e R$ 22, caso do preço por quilo de peixe de primeira. O Mercado do Peixe, nas Rocas, passou por desinfecção na sexta-feira e será reaberto hoje, justamente por causa do aumento da oferta e da  procura. 

O comerciante André Silva Bernardo, de 30 anos, tem uma empresa familiar há 8 anos no Canto do Mangue. “A média de saída de peixes é de 150 a 200 quilos por semana durante o ano. Um mês antes da Semana Santa, chego a vender até 800 quilos de pescado, podendo chegar a até uma tonelada. As pessoas estão se conscientizando de que os frutos do mar são alimentos muito saudáveis”, disse o rapaz, que contrata mais três funcionários para dar conta da quantidade de clientes em seu estabelecimento.

O engenheiro civil paulistano Luis Henrique Souza, esteve em Natal a trabalho mas não deixou de ir ao Canto do Mangue comprar peixes. “Conheço a tradição da Semana Santa. Minha mulher vai preparar um bobó. Vim comprar aqui porque gosto do pescado”, afirmou. Este ano a procura é maior por peixes de primeira, como Cioba, Pargo e Dentão, cujo quilo varia entre R$ 18 e R$ 20, e também os de segunda, como Xaréu, Atum e  Tainha, cujo quilo pode ser comprado em Natal por até R$ 12.

O tratador de peixes Radamés Gomes de Góis está animado com a chegada da Semana Santa. “Está muito boa a saída do produto. No ano passado cheguei a vender um quilo de Cioba por até R$ 22. Espero que esse ano seja ainda melhor pra gente”, disse ele. “Se o movimento de clientes essa semana foi grande, a partir de terça-feira será ainda maior”, completa um comerciante que preferiu se identificar apenas como “Moisés do Peixe”. 

Preços e dicas

Veja os peixes mais comercializados em Natal

Dentão: Média de preço | R$ 18 a R$ 20

Cioba: Média de preço | R$ 18 a R$ 20

Xaréu: Média de preço | R$ 15 a R$ 18

Pargo:Média de preço | R$ 18 a R$ 20

Atum: Média de preço | R$ 15 a R$ 17

Dicas para escolher o peixe

1. Perceba a consistência. A carne do peixe deve estar firme na pele, que não deve estar ressecada

2. Observe o olho do peixe. Ele deve estar brilhando. Não devem parecer murchos

3. Guelras. Elas não podem parecer ‘meladas’, e a carne deve estar firme na estrutura interna do peixe

4. Cheiro. Perceber se o cheiro não está muito acentuado, parecendo amônia ou avinagrado

Papa reza Missa de Ramos e volta a convocar para a Jornada Mundial da Juventude


O papa Francisco celebrou hoje (24) a missa do Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa na Igreja Católica. Após a procissão que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, o pontífice passou aos fiéis uma mensagem sobre perseverança e humildade.

Ao fim da homilia, o papa lembrou a importância dos jovens para a igreja e a proximidade da Jornada Mundial da Juventude, que ocorrerá no Rio de Janeiro em julho deste ano. Ele ressaltou que o tema do evento este ano será a necessidade de “abater o muro da inimizade, que separa os homens e os povos” e disse que está ansioso pelo momento de vir ao Brasil.

“Olho com alegria para o próximo mês de julho, no Rio de Janeiro. Vinde! Encontramo-nos naquela grande cidade do Brasil! Preparai-vos bem, sobretudo espiritualmente, nas vossas comunidades, para que o referido encontro seja um sinal de fé para o mundo inteiro”, disse o papa, segundo informações da Rádio Vaticano.

O papa Francisco já confirmou que comparecerá à Jornada Mundial da Juventude, entre 23 e 28 de julho. Em conversa com a presidenta Dilma Rousseff na última semana, o pontífice disse que depois do encontro quer visitar a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), uma das maiores do mundo.

A jornada deverá reunir a juventude católica de todo o mundo. O encontro ocorre a cada dois ou três anos, sendo que o último ocorreu em Madri, em 2011. O deste ano foi convocado ainda pelo papa Bento XVI, antes da renúncia. Ainda não se sabe se a vinda do papa Francisco ao Brasil será a sua primeira viagem internacional após assumir o pontificado.

Agência Brasil

Domingo de Ramos abre solenemente a Semana Santa

Domingo de Ramos
Hoje é  Domingo de Ramos, a data abre solenemente a Semana Santa, com a lembrança das Palmas e da paixão, da entrada de Jesus em Jerusalém e a liturgia da palavra que evoca a Paixão do Senhor no Evangelho de São Lucas.
Neste dia, se entrecruzam as duas tradições litúrgicas que deram origem a esta celebração: a alegre, grandiosa , festiva litrugia da Igreja mãe da cidade santa, que se converte em mímesis, imitação dos que Jesus fez em Jerusalém, e a austera memória – anamnese – da paixão que marcava a liturgia de Roma. Liturgia de Jerusalém e de Roma, juntas em nossa celebração. Com uma evocação que não pode deixar de ser atualizada.
Vamos com o pensamento a Jesuralém, subimos ao Monte das Oliveiras para recalar na capela de Betfagé, que nos lembra o gesto de Jesus, gesto profético, que entra como Rei pacífico, Messías aclamado primeiro e depois condenado, para cumprir em tudo as profecias.Por um momento as pessoas reviveram a esperança de ter já consigo, de forma aberta e sem subterfúgios aquele que vinha em nome do Senhor.
Ao menos assim o entenderam os mais simples, os discípulos e as pessoas que acompanharam ao Senhor Jesus, como um Rei. São Lucas não falava de oliveiras nem de palmas, mas de pessoas que iam acarpetando o caminho com suas roupas, como se recebe a um Rei, gente que gritava: “Bendito o que vem como Rei em nome do Senhor. Paz no céu e glória nas alturas”.Palavras com uma estranha evocação das mesmas que anunciaram o nascimento do Senhor em Belém aos mais humildes. Jerusalém, desde o século IV, no esplendor de sua vida litúrgica celebrada neste momento com uma numerosa procissão.
E isto agradou tanto aos peregrinos que o oriente deixou marcada nesta procissão de ramos como umas das mais belas celebrações da Semana Santa.Com a litúrgia de Roma, ao contrário, entramos na Paixão e antecipamos a proclamação do mistério, com um grande contraste entre o caminho triunfante do Cristo do Domingo de Ramos e o “via crucis” dos dias santos.Entretanto, são as últimas palavras de Jesus no madeiro a nova semente que deve empurrar o remo evangelizador da Igreja no mundo.”Pai, em tuas mão eu entrego o meu espírito”. Este é o evangelho, esta a nova notícia, o conteúdo da nova evangelização. Desde um paradoxo este mundo que parece tão autônomo, necessita que lhe seja anunciado o mistério da debilidade de nosso Deus en que se demonstra o cume de seu amor.
Como o anunciaram os primeiros cristãos com estas narrações longas e detalhistas da paixão de Jesus. Era o anúncio do amor de um Deus que desce conosco até o abismo do que não tem sentido, do pecado e da morte, do absurdo grito de Jesus em seu abandono e em sua confiança extrema. Era um anúncio ao mundo pagão tanto mais realista quanto mais com ele se poderia medir a força de sua Ressurreição.
A liturgia das palmas antecipa neste domingo, chamado de páscoa florida, o triunfo da ressurreição, enquanto que a leitura da Paixão nos convida a entrar conscientemente na Semana Santa da Paixão gloriosa e amorosa de Cristo o Senhor.

Garibaldi Filho afirma que mudanças não garantem reversão do desgaste


As indicações políticas do PMDB ao Governo do Estado podem não ter sido suficientes para amenizar o clima de indisposição de alguns peemedebistas, já levantada na edição desta sexta-feira d’O Jornal de Hoje. Em entrevista exclusiva, o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, principal líder do partido no Rio Grande do Norte, confirmou que as indicações dos novos gestores não foram exclusividade do PMDB. E mais: ele não acredita que só com elas a gestão estadual poderá mudar a situação de crise que vive após pouco mais de dois anos de administração.
“Não acredito que seja absolutamente suficiente”, acrescentando que foram “apenas três mudanças de setores estratégicos”, ressaltou o ministro Garibaldi Filho, durante o evento de homenagem pelos 47 anos de PMDB na Câmara Municipal de Natal, também nesta sexta-feira. A declaração confirma a tese de que, apesar de Henrique, aparentemente, ter mudado a análise crítica quanto ao governo do DEM no Estado, o ministro se mantém mais cético a respeito do futuro da gestão estadual.
Garibaldi Filho, por sinal, afirmou que não pretende nem mesmo interferir na gestão estadual, tampouco, fazer qualquer intervenção na administração dos novos gestores que, em tese, teriam sido indicações peemedebistas. Foram mesmo? As mudanças “foram feitas dentro daquele clima de consenso” entre os partidos, explicou o ministro, dividindo a responsabilidade pelas escolhas de Luiz Roberto Fonsenca (para a Secretaria Estadual de Saúde Pública), Leonardo Rêgo (Meio Ambiente e Recursos Hídricos) e Júnior Teixeira (Agricultura).
É importante lembrar que Garibaldi Filho não participou da posse dos novos secretários, ocorrida na quinta-feira, na Escola do Governo, no Centro Administrativo. Por sinal, nem toda a bancada do partido na Assembleia Legislativa foi. Deputados estaduais como Walter Alves, filho de Garibaldi, e Nelter Queiroz, que recentemente fez várias críticas a gestão estadual e recomendou que o PMDB tivesse candidato próprio em 2014 (não querendo nem mesmo o apoio de Rosalba no futuro palanque) não prestigiaram o evento da base aliada.
Claro que é necessário ressaltar o outro lado: o PMDB de apoio a Rosalba. Afinal, se de um lado Garibaldi, Walter e Nelter podem ter dado demonstrações que não estão compartilhando do sentimento pró-Rosalba, Henrique Eduardo Alves deu sinais de que, realmente, mudou de opinião.
Se há duas semanas o deputado e presidente da Câmara Federal classificou o governo Rosalba como isolado, centralizador e concentrador, agora, depois de ter acompanhado a governadora em viagens à Brasília e da reunião do Conselho Político (sem a presença da gestora), onde foram indicados os nomes dos novos secretários, garantiu que “a posição do PMDB é estar aqui, nesta noite dando as mãos não à governadora”.
Além de Henrique, esteve presente ao evento, também, o deputado estadual Hermano Morais, peemedebista que já até defendeu que o partido tivesse candidatura própria ao Governo do Estado em 2014.

Walter Alves: apoio é ao Estado, não ao Governo
Para o deputado estadual Walter Alves, filho do ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, a situação entre PMDB e DEM no Governo do Estado está muito clara: os peemedebistas vão continuar ao lado da gestão Rosalba Ciarlini, mas exclusivamente para ajudar o Rio Grande do Norte. Ou seja, os feitos que o partido pode conseguir para o RN e os eventos do Governo em que ele estiver presente não garantirá, necessariamente, a união dos dois no pleito de 2014. Bom, pelo menos, foi isso que o parlamentar afirmou em entrevista aO Jornal de Hoje durante sessão solene em homenagem ao PMDB na Câmara Municipal de Natal (CMN).
“Temos o presidente da Câmara, Henrique Alves, temos um ministro de Estado prestigiado (Garibaldi Filho) com nossa presidenta Dilma, temos uma banca federal respeitada. Então, temos que aproveitar esse momento não para ajudar o Governo, mas para ajudar o Estado”, afirmou Walter Alves, fazendo questão de separar o apoio ao Rio Grande do Norte do apoio a gestão Rosalba Ciarlini, que ele mesmo já criticou em outros momentos.
Por sinal, ao falar que do que o PMDB tem – o presidente da Câmara Federal e um ministro de Estado – Walter Alves ressaltou também que o RN se destaca como um dos estados mais influentes do Brasil. “Acho que o Rio Grande do Norte, que é pobre, representa apenas 0.9% do PIB do Brasil, mas ao mesmo tempo temos hoje, talvez, uma das maiores forças políticas de todos esses estados”, analisou.
De volta à relação PMDB – DEM no RN, o fato do partido de Walter continuar ao lado do Democrata na administração estadual não significar uma união política pode ser medida pelo fato de, entre os peemedebistas, a eleição de 2014 ainda ser considerada uma incógnita.

Afinal, se estivesse tudo bem na base aliada, com a recém indicação do PMDB aos cargos da gestão Rosalba Ciarlini, a relação entre os dois partidos deveria estar a mais próxima possível. Contudo, não é isso que se aparenta. “Na minha opinião, este ano ainda está muito cedo para se comentar isso. Essa ascensão de Henrique como presidente da Câmara ele tem que ajudar o Estado, como de fato vai ajudar, já anunciando obras importantes, como a duplicação da BR-304 e tantas outras obras. Eu defendo que nos possamos ajudar o Estado, a questão política deixa para o próximo ano”, afirmou Walter Alves, inaugurando um discurso que foi repetido por outros peemedebistas durante o evento.
É importante lembrar que a postura crítica de Walter diante do Governo não é recente. No ano passado, por exemplo, ele criticou publicamente a administração do DEM no que diz respeito a falta de segurança pública no Estado e, também, a lentidão em aprovar uma lei de sua autoria que daria mais qualidade de vida – e independência – aos deficientes visuais (colocação de leitura em braille nas contas de luz).
De qualquer forma, se faltam discursos que ressaltem que houve uma união também política na relação PMDB e DEM, sobram aqueles que tratem da “boa relação” administrativa como sendo “o melhor para o Estado”. Durante a posse dos novos secretários, na tarde de quinta-feira, os democratas ressaltaram que o Rio Grande do Norte não poderia perder esse importante momento político que vivencia em nível nacional. A parceria administrativa, onde o PMDB conseguiria os recursos e o DEM executaria as obras, com os dois, teoricamente, levando o crédito por isso, foi repetida várias vezes.
Em seu discurso, por exemplo, o deputado estadual Getúlio Rêgo, líder do DEM na Assembleia Legislativa, ressaltou que o Rio Grande do Norte não poderia desperdiçar esse momento político, porque a próxima geração poderia não ter essa mesma oportunidade. Ele foi um dos que ressaltou que os dois partidos continuam unidos, pelo menos, no caráter administrativo. (CM)

Eventos de março demonstraram força do PMDB no Estado
Se houvesse um prêmio para o partido que demonstrou força neste mês em nível local, dificilmente alguém tiraria o troféu das mãos do PMDB. Não era para menos. Em março, os peemedebistas fizeram grandes eventos que, além de comemorar os vários anos de história do partido (faz 47 anos neste final de semana), também demonstraram a sua força e ressaltando que o Rio Grande do Norte, com ele, está mais influente no cenário nacional.
Para contextualizar isso, é preciso voltar ao início do mês, quando empresários e federações locais fizeram um jantar em homenagem ao deputado Henrique Eduardo Alves, que no mês anterior foi eleito o presidente da Câmara Federal, em Brasília. No jantar, peemedebistas de vários tempos e linhas de atuação. Desde os mais radicais, que defendem candidatura própria do partido em 2014, a aqueles que têm uma postura mais tranquila, que preferem aguardar a recuperação ou não do governo Rosalba Ciarlini para tomar qualquer decisão.
Esse evento já foi interpretado por muitos como uma demonstração clara da força do partido. Afinal, até a governadora, que tradicionalmente é a última autoridade a discursar em todos os eventos oficiais que participa, abriu mão na oportunidade para deixar o presidente da Câmara Federal fechar a noite de discursos. E ele fez isso, claro, dizendo que o PMDB podia fazer mais – e faria mais – pelo Estado, diante do poder de influência que passaria a ter em Brasília.
E para quem não acreditava que o que Henrique falava era verdadeiro e viável, Henrique tratou de anunciar quatro conquistas para o Rio Grande do Norte. Pleitos antigos que ele “capitalizou” por meio de suas articulações na capital federal, como, por exemplo, a duplicação da BR 304, que liga Natal a Mossoró. Se ainda restassem dúvidas sobre as palavras de Henrique, bastava observar a lista de convidados ilustres do evento: nada menos que sete ministros de Estado e um vice-presidente da República (que acabou não ido para a homenagem, exclusivamente, devido a um mal tempo que o impediu de viajar para Natal).
Se não fosse suficiente, no dia útil seguinte, Henrique concedeu uma entrevista coletiva e fez duras críticas a gestão estadual, classificada por ele como isolada, concentradora e centralizadora. Isso mostrou que o partido não era só mais um membro da base aliada governista. E a pressão foi tamanha que a governadora não teve qualquer resposta. Pelo menos, não publicamente. Rosalba Ciarlini simplesmente se fez de desentendida e viajou com o deputado para Brasília, para compromissos políticos e a busca recursos junto ao Governo Federal.
No final de semana seguinte, Henrique e Garibaldi Filho se reuniram com José Agripino para discutir eventuais mudanças no Governo Rosalba Ciarlini. Nomes considerados pelos peemedebistas como “consensuais” foram indicados e aceitos pela governadora Rosalba Ciarlini, que providenciou uma reforma administrativa para atender os conselhos dos líderes do PMDB.
O Governo do DEM deu posse aos três novos secretários em um evento no centro administrativo onde, em praticamente todos os discursos, foi citada a importância dos peemedebistas Henrique e Garibaldi, na condição de ministro de Estado, para que o Rio Grande do Norte consiga se recuperar. Mais um ponto positivo para o PMDB.
Para completar a relação de eventos de demonstração de influência, o partido comemorou os 47 anos de história com uma cerimônia antecipada realizada na Câmara Municipal de Natal. Na oportunidade, mais uma vez, o partido foi comemorado devido ao momento histórico que vive e o que pode fazer pelo RN.
PT COMPLACENTE
O PMDB em março, por sinal, mostrou que é tão importante que conseguiu até mesmo alterar discursos de petistas considerados radicais. Sobretudo, depois dos eventos e da presença do ex-ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, que visitou Natal no início do mês e afirmou que não viu problemas entre a aliança PMDB e DEM no Estado e, inclusive, esperava a união do PT com o PMDB em 2014.
O vereador Fernando Lucena, também do PT, afirmou em fevereiro que via, pelo menos, com insatisfação o estilo peemedebista de negociar cargos com o DEM para se manter na base aliada do Governo Estadual. Em março, porém, revelou que os petistas vão se buscar o apoio do PMDB para as eleições de 2014, como forma de fazer chapas que ressaltem a base aliada do Governo Dilma Rousseff em nível federal. Para isso, claro, primeiro o partido deveria romper com o Democrata.
NADA É PERFEITO
Março ainda não acabou mas já é possível dizer que o mês não será perfeito para o PMDB por um fato, no político, mas investigativo, que ocorreu já nesta semana: a operação Cactus, que cumpriu mandatos de busca e apreensão na casa do secretário-geral do partido no RN, Elias Fernandes, “afilhado político” de Henrique Alves. O deputado, por sinal, fez questão de dizer que a busca pode até ter haver com as investigações no Departamento de Obras Contra a Seca (Dnocs), onde Elias foi diretor-geral, mas que o afilhado não era investigado pelo caso.

José Adécio alerta: “Se não der certo agora, não sei quando poderá dar”


Com o presidente da Câmara dos Deputados, um ministro de Estado, uma bancada federal atuante e um presidente de partido, é agora ou nunca para o Governo do Estado. Quem avalia assim é o deputado estadual José Adécio, do DEM, em entrevista concedida aO Jornal de Hoje. Segundo ele, esse é o momento da governadora Rosalba Ciarlini deslanchar na gestão Estadual e se isso não ocorrer agora, é porque “as coisas contrariam o bom senso”.
“Acho eu que se não der certo agora, quando é que vai dar? Na minha visão o Rio Grande do Norte nunca esteve tão bem representado como está agora, mas ainda é preciso que isso tudo aconteça com mais intensidade, mais segurança, com mais alicerce para o Estado. Isso está faltando ainda”, afirmou o deputado estadual, acrescentando ao final que, realmente, “se o Governo não der certo agora, não sei quando poderá dar”.
Segundo José Adécio, no aspecto político, o bom momento do RN se exemplifica no poder de articulação em Brasília, onde são conseguidos os recursos. Desconsiderando a possibilidade de rompimento com o PMDB, o parlamentar ressaltou que as articulações podem acontecer em benefício do Estado, independentemente de as “grandes figuras políticas” serem aliadas à gestão Rosalba ou nomes de oposição.
Nesse contexto, o democrata ressaltou o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB); o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho (PMDB); o presidente nacional do DEM, José Agripino; e os parlamentares federais com atuações destacadas, como Felipe Maia (DEM), Fátima Bezerra (PT) e Fábio Faria (PSD), inclusive, com estes últimos dois, sendo nomes de oposição a gestão estadual.
Além da força política, Adécio lembrou também os recursos que “estão chegando”. “O Governo do Estado vai ter mais de R$ 1 bilhão só para investimento (com recursos que vão chegar do Banco Mundial, Banco do Brasil e receitas próprias), se isso for botado em prática, se tiver secretários que desenvolvam isso, ai sim. Dinheiro tem, porque está chegando. O Governo tem tudo para deslanchar. Se não deslanchar, aí realmente as coisas contraria o bom senso. Porque dinheiro está chegando, há uma renovação do secretariado, que é como time de futebol: quando um jogador substitui outro sempre ele quer dar um a mais”, analisou José Adécio.
Por sinal, “sem desmerecer os antigos”, José Adécio fez questão de elogiar os nomes dos novos gestores que assumiram as pastas da Agricultura, Recursos Hídricos e Saúde na última quinta-feira. “São pessoas qualificadas e Governo precisa ter uma injeção mais forte de atuação. Conheço o secretário de Agricultura, Júnior (Teixeira). Experimentado, que conhece os problemas da agropecuária do Rio Grande do Norte. Conheço muito bem Leonardo Rêgo (Recursos Hídricos), por ser filho do meu colega deputado (Getúlio Rêgo). E tenho boas informações, e muito boas informações, do secretário de Saúde (Luiz Roberto Fonseca). Acho eu que o Governo entra numa nova dinâmica”, avaliou.
Claro que o deputado do DEM assumiu que, realmente, a gestão do Governo do Estado não tem feito tanto quanto se esperava. “Torço pela recuperação do Governo, mas precisa avançar mais, chegar mais”, afirmou ele, acrescentando que uma recuperação até o final do mandato é totalmente possível, inclusive com vistas em uma eventual candidatura à reeleição: “Se ela avançar mais com esse novo quadro administrativo, tem tudo para se recuperar e se recuperar a candidatura é natural”.
Para reforçar que é possível a recuperação mesmo já tendo se passado mais de dois anos de Governo, José Adécio usou sua experiência na política – são mais de 30 anos – para relembrar a condição da época em que Garibaldi Filho foi governador do Estado. “Garibaldi governador a um ano e quatro meses do final do mandato, vendeu a Cosern por R$ 700 milhões. Na época, se dizia que José Agripino era um governador de férias. Garibaldi com R$ 700 milhões fez uma administração no Rio Grande do Norte que um ano e pouco depois fez ele ser eleito em primeiro turno contra um candidato que todos colocavam como imbatível”.

Falta rigor na análise de notas que justificam gastos de deputados

camara votação
Segundo matéria do Correio Braziliense, o valor da cota parlamentar paga a cada um dos 513 deputados federais vai aumentar, mas os mecanismos de controle e fiscalização da Câmara continuam frágeis e insuficientes para coibir desvios e desperdícios. Em 2012, a Casa colocou mais de R$ 183 milhões à disposição dos deputados, dos quais R$ 178 milhões efetivamente pagos, mediante apresentação de notas fiscais. Ao longo do ano, 205 mil comprovantes foram apresentados e analisados por uma diminuta equipe de 21 funcionários.
Significa dizer que, em 2012, cada um deles precisou dar conta de 45 notas, em média, por dia — isso sem considerar folgas e faltas por doença ou qualquer outro motivo. A própria Câmara admite: a equipe apenas checa se o tipo de serviço descrito na nota se encaixa nas normas de uso da cota e se o nome da empresa bate com o CNPJ impresso no comprovante. A partir de 1º de abril, quando o reajuste deve começar a valer, essa mesma equipe terá que analisar a prestação de contas de um volume de recursos que pode chegar a R$ 205,6 milhões — R$ 22 milhões a mais do que no ano passado.
Para o diretor de Defesa Profissional do Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), Odair Ambrósio, o tamanho da equipe de fiscalização da cota parlamentar da Câmara é suficiente apenas para uma análise superficial.
“Para verificar se o CNPJ corresponde à empresa, é só acessar o site da Receita. Muitas vezes, no entanto, o CNPJ existe, mas a empresa, não. Para ligar para a empresa ou ir ao local e verificar se ela é fantasma ou não, uma equipe desse tamanho não é suficiente. Cada um não conseguiria analisar mais de 10 notas fiscais por dia, num ritmo de trabalho forte”, afirmou. Se cada funcionário verificasse 10 notas por dia, a Câmara precisaria de mais de 80 pessoas para dar conta de um volume de notas similar ao apresentado no ano passado, antes do reajuste.

Brasileiro aprova novo papa, mas quer Francisco mais liberal, diz Datafolha

papa francisco 1
A grande maioria dos brasileiros aprovou a escolha do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio para chefiar a Igreja Católica. Ao mesmo tempo, boa parte deles gostaria que a igreja liberalizasse suas posições em temas como contracepção e divórcio.
Esse é o resultado de pesquisa nacional feita pelo Datafolha em 20 e 21 de março, uma semana depois do conclave que elegeu o papa Francisco -primeiro latino-americano e primeiro jesuíta no comando da Santa Sé. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais.
Dos 2.653 entrevistados pelo Datafolha em 166 municípios, a maioria, 58%, definiu-se como católica -número próximo dos últimos dados do IBGE, de 2010, segundo os quais 64,6% da população brasileira professa o catolicismo. Outros 21% se disseram evangélicos pentecostais.
A eleição de Bergoglio foi considerada ótima ou boa por 74% das pessoas ouvidas pelo instituto e regular por 9%; só 2% dos entrevistados a acharam ruim ou péssima.
O levantamento revela também em que medida boa parte dos brasileiros -incluindo os que se dizem católicos- discorda de uma série de posições tradicionais da igreja.
A divergência mais acentuada diz respeito ao uso de métodos artificiais para evitar a concepção. Para 83% dos entrevistados, o papa Francisco deveria orientar a igreja a se posicionar a favor do uso de preservativos; 77% defendem que faça o mesmo em relação à pílula anticoncepcional.

Rosalba procura consolidar alianças com minirreforma


Governadora Rosalba Ciarlini empossa os novos secretários e tenta pacificar a base aliada
Governadora Rosalba Ciarlini empossa os novos secretários e tenta pacificar a base aliada
Ao nomear e dar posse a três novos secretários — Luiz Roberto Fonseca (Saúde), Júnior Teixeira (Saúde) e Leonardo Rego (Recursos Hídricos) — a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) fez um movimento para apaziguar aliados, consolidar apoios para votações na Assembleia Legislativa e fortalecer as negociações com o Governo Federal que possam atrair investimentos em obras de infraestrutura.
Enquanto Leonardo Rego, ex-prefeito de Pau dos Ferros, foi uma indicação do DEM; Júnior Teixeira partiu de uma sugestão do PMDB. O médico Luiz Roberto teve o nome escolhido — depois acatado pela governadora — em conversas entre os aliados para definir a recomposição do primeiro escalão.
Mesmo com essas nomeações, prevalece na equipe as indicações por uma escolha direta da governadora e o chefe do Gabinete, Carlos Augusto Rosado. O núcleo central do Governo é constituído por esses auxiliares, entre os quais estão Obery Rodrigues (Planejamento e Finanças), Anselmo Carvalho (Controladoria) e Kátia Pinto (Infraestrutura). Os espaços também estão preenchidos, na maioria dos cargos de primeiro escalão, por auxiliares da cota pessoal.
Mas, depois da posse dos três novos indicados, na última quinta-feira, os parlamentares que formam a base do governo procuram demonstrar unidade nas declarações de apoio a Rosalba. Eles defendem a coalizão como forma de melhorar e garantir a governabilidade. A justificativa é que a realização de alianças entre partidos políticos é um modo democrático de se compartilhar a gestão entre as forças que ajudaram a eleger o governo.
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Dilma prepara caravana voltada para prefeitos

aviao dilma
Josias de Souza destaca que, dois meses depois de recepcionar prefeitos num grande encontro em Brasília, Dilma Rousseff prepara um ciclo de viagens para encontrá-los nos seus Estados.
Na Capital, anunciou a liberação de R$ 66,8 bilhões. No giro pelo país, vai trombetear os convênios, estimulando os gestores municipais a apresentar projetos. Sob o pretexto administrativo, escondem-se objetivos eleitorais. As viagens começam neste mês de abril. O avião presidencial deixará o hangar com frequência inusual.
Noves fora o Distrito Federal, a intenção de Dilma é a de passar pelas 26 unidades da federação. Aos pouquinhos, vai ficando claro que, em tempos de campanha antecipada, os maiores excessos são sempre os de moderação.

Fábio Faria participa de encontro dos prefeitos do Médio Oeste sobre a convivência com a seca


fabio apodi
Mais de 20 prefeitos da região do Médio Oeste do Rio Grande do Norte se reuniram neste sábado (23) em Apodi para discutirem ações que permitam uma melhor convivência do pequeno produtor rural com a estiagem. O segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados, deputado Fábio Faria, participou dos debates e assumiu o compromisso de levar as reivindicações dos agricultores ao governo federal.
“O Nordeste vive mais um período de forte estiagem com efeitos devastadores especialmente para os pequenos produtores rurais. Estamos em Brasília lutando por maiores benefícios, aprovamos semana passada emenda para que a Conab adquira 550 mil toneladas de milho para alimentar o rebanho de ovinos, caprinos e bovinos, mas sabemos que ainda há muito o que fazer”, disse Fábio Faria.
O encontro foi presidido pela prefeita de Mossoró, Cláudia Regina, que preside a AMORN (Associação dos Municípios do Médio Oeste), ao lado do prefeito de Apodi, Flaviano Monteiro, e contou com a presença do deputado estadual Getúlio Rego, prefeitos, vereadores e representantes dos agricultores e trabalhadores rurais de toda a região.
Fábio Faria recebeu do Fórum do Campo Potiguar um documento com as principais reivindicações do agricultor familiar a serem levadas ao governo federal, incluindo: migração das famílias do programa Bolsa Estiagem para o Garantia Safra; disponibilização, pela Conab, de um kit de ração animal ao preço de custo para alimentação do rebanho; desburocratização para acesso aos benefícios previstos pelo governo.