sexta-feira, 24 de maio de 2013

Acusado de atirar em coronel da PM é preso com resto da quadrilha de assaltantes em Lajes



Assaltantes usaram três revólveres e uma pistola roubada de um Policial Civil. Foto: Cedida/Polícia Civil
Assaltantes usaram três revólveres e uma pistola roubada de um Policial Civil. Foto: Cedida/Polícia Civil
O homem suspeito de ter baleado o chefe de gabinete do Comando Geral da Polícia Militar, o tenente-coronel Agnaldo Pires Filho, na noite da última sexta-feira, foi preso ontem na BR-304, próximo a Lajes, acusado de ter cometido um assalto no município de Assu, no Oeste potiguar. Ele e outras quatro pessoas, incluindo dois adolescentes de 17 anos, foram flagrados com três revólveres e uma pistola ponto 40, roubada de um policial civil; R$ 11 mil, relógios, telefones celulares, jóias e documentos pessoais das vítimas.
De acordo com informações da Polícia Militar, Bruno Mitchell Carvalho de Faria, de 19 anos, foi reconhecido pelos oficiais como o agressor do coronel Agnaldo, que foi baleado no tórax e braço após terem visto ele vestido com o uniforme da PM. Ele, que é conhecido pelo apelido de “Bruno Chocolate”, é acusado ainda de ter participado do assalto à casa de praia de um policial civil, quando roubou a pistola ponto 40 da vítima, e de ter praticado dezenas de ações semelhantes em vários municípios do Rio Grande do Norte.
“Ele já estava sendo investigado por esses crimes e quando foi preso, foi reconhecido, através de fotografias, como o agressor do coronel. O acusado é um homem muito perigoso e violento, apesar da pouca idade, sempre agressivo e cruel nas abordagens às vítimas. Felizmente, conseguimos detê-lo, juntamente com o seu grupo. Eles tinham praticado vários assaltos na região de Assu e estavam fugindo para Natal, acreditamos que para fazer novas vítimas por lá”, explicou o soldado Adrie Lima, que participou da prisão da quadrilha.
“Bruno Chocolate” é foragido do Presídio Provisório Raimundo Nonato, na zona Norte de Natal. Além dele, foram presos também Joalyson Bruno Cabral da Silva, conhecido pelo apelido de “Gordo”, foragido da Penitenciária Estadual de Caicó, onde cumpria pena por homicídio e assaltos; Waldemir Barbosa dos Santos, o “Pirata” e dois adolescentes de 17 anos.
A prisão da quadrilha aconteceu durante uma operação conjunta das polícias Civil e Militar, logo após os suspeitos terem cometido um roubo a um estabelecimento comercial situado no centro de Assu. Após o roubo, os bandidos fugiram em um Fiat Palio, de placas NNW-4639, o que deu início a perseguição, através da BR-304.
Em determinado momento, eles conseguiram se afastar dos policiais e, para enganá-los, abandonaram o Palio e pegaram um táxi para Natal. As guarnições envolvidas localizaram o carro largado próximo à rodovia e, após a informação que os ocupantes do veículo teriam pego um carro de aluguel, os policiais montaram uma barreira próximo à entrada de Lajes, onde conseguiram prender em flagrante todos os acusados.
“Eles esconderam as armas no porta-malas do táxi e, quando viram que os policiais iriam revistar o veículo todo, tentaram fugir do cerco, a pé, mas foram contidos e levados para a delegacia da cidade, onde foram autuados em flagrante por assalto à mão armada, formação de quadrilha, receptação e corrupção de menores. Eles são apontados como os autores de dezenas de assaltos, em todo o Estado”, explicou o soldado Lima.
CORONEL BALEADO
O ataque ao coronel Agnaldo Pires, atingido no tórax e braço, aconteceu no momento em que ele descia do veículo, no portão da sua residência, no bairro de Nova Descoberta, zona Sul de Natal. Segundo o comandante geral da Polícia Militar, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, os bandidos iriam assaltá-lo, quando perceberam que ele estava vestido com o uniforme da corporação. Assustados e com medo de uma reação da vítima, os bandidos atiraram no coronel Agnaldo e fugiram logo em seguida, em um Renault Clio branco.
“Certamente, eles estavam ali para assaltar ou invadir uma residência e quando viram o veículo parando em frente a um imóvel, se aproximaram para o ataque. Acreditamos que, ao verem que se tratava de um policial militar, eles tenham ficado com medo e atirado, para impedir uma possível reação da vítima. Tanto é que eles fugiram logo depois, sem levar nada. Além disso, o coronel trabalha na parte administrativa há muito tempo, não tem contato com bandido nas ruas”, afirmou, na ocasião.
O comandante da PM disse que um dos tiros efetuados pelos criminosos atravessou o tórax do coronel Agnaldo, sem, entretanto atingir nenhum órgão vital. Já o segundo acertou um dos braços da vítima, no momento em que ela tentava se proteger de um disparo na cabeça, o que seria fatal. Ele foi atendido no Hospital Walfredo Gurgel e liberado, horas depois.

Deputados pedem CPI para investigar a Petrobras

Entre os fatos que motivaram o pedido de criação da CPI estão a compra e venda de ativos no exterior envolvendo a refinaria de Pasadena (EUA).

Deputados da base do governo e da oposição apresentaram à Mesa da Câmara requerimento para criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar denúncias divulgadas pela mídia contra a Petrobras. Entre os fatos que motivaram o pedido de criação da CPI estão a compra e venda de ativos no exterior envolvendo a refinaria de Pasadena (EUA), os ativos e participações dos blocos de petróleo na África e no Golfo, o custo de produção da Petrobras e sua evolução nos últimos dez anos e a situação das refinarias em construção.
Proposto pelo deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), o documento contém a assinatura de 199 deputados, 28 a mais do que o mínimo necessário de 171. Do total de assinaturas, 119 são de deputados de partidos da base governista, sendo 52 deputados do PMDB, que tem a vice-presidência da República. Nenhum petista assinou o requerimento.
O requerimento é o 23º da lista de pedidos de criação de CPI nesta legislatura. Um 24º pedido para criação de CPI foi apresentado para investigar as piores formas de exploração de mão de obra infanto-juvenil. Dos pedidos de criação, três deram origem a CPIs, sendo que duas estão em funcionamento e uma foi encerrada. Mais três comissões foram criadas, mas ainda não foram instaladas.
Pelo Regimento Interno da Câmara só podem funcionar simultaneamente cinco CPIs. Para que uma sexta comissão seja instalada é preciso a aprovação de um projeto de resolução pelo plenário da Câmara.
As CPIs são criadas de acordo com a ordem de apresentação dos requerimentos e a comprovação de que ela tem fato determinado. Com isso, para que a CPI da Petrobras seja criada, furando a fila de apresentação de requerimentos, será necessária a aprovação pelo plenário de projeto de resolução.

Fonte: Nominuto.com