sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Equipe de transição constata déficit na folha e na Previdência dos servidores estaduais

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O quadro orçamentário-financeiro do Rio Grande do Norte “é o pior possível”, na avaliação do coordenador da equipe de transição, vice-governador eleito Fábio Dantas (PC do B). E a “bomba nuclear” está no que toca à folha de pessoal. Segundo Dantas, o governo Robinson Faria (PSD) herdará da gestão Rosalba Ciarlini (DEM) um quadro orçamentário-financeiro em que o Estado terá que arrecadar a mais cerca de R$ 1 bilhão, em 2015, para fazer frente ao pagamento dos salários dos funcionários, aposentados e pensionistas. “Tem um bilhão de folha de pessoal que o governador tem que arrecadar a mais para pagar a folha de pagamento atual”, disse ele nesta manhã ao Jornal de Hoje.
 
A equipe de transição governamental, coordenada por Fábio, irá se reunir hoje à tarde para discutir, justamente, o orçamento estadual de 2015, que ainda será votado na Assembleia Legislativa e que poderá sofrer modificações pontuais, mas não resolutivas do problema do déficit. De acordo com Fabio Dantas, o orçamento do Estado para o próximo ano será de cerca de R$ 12 bilhões. “Precisaria ser R$ 13 bilhões, mas não tem dinheiro”, disse.
 
Na prática, o futuro governo Robinson Faria assumirá em janeiro que vem o comando administrativo do Estado com a incumbência de arrecadar R$ 1 bilhão a mais só para pagar a folha de pessoal atual. “Sem contar a questão dos planos, aumentos e outros penduricalhos. Somente o déficit previdenciário mensal é de R$ 62 milhões. É uma bomba nuclear”, disse sobre o déficit previdenciário que Rosalba herdou na casa dos R$ 8 milhões/mês e que deixará para o sucessor na faixa dos R$ 62 milhões/mês.
 
SOLUÇÕES
A solução para o problema é uma só, bastante conhecida: o Estado terá de arrecadar mais para fazer frente às despesas. “Só que a missão será arrecadar mais e reduzir as despesas onde não tem, porque o custeio do Estado é muito pequeno” afirmou Dantas. Para ter uma ideia, a folha mensal do Estado consome algo como R$ 380 milhões. Especula-se cortar cargos comissionados, mas este corte, por maior que seja, é irrisório, tendo em vista que os cargos de confiança somam no total R$ 3,8 milhões, o que representa apenas 1% do total de gastos com pessoal. “E se cortar (os comissionados), o Estado para”, diz Fábio.
Fábio diz que outras soluções seriam debatidas na tarde de hoje, durante a reunião da equipe de transição. A apresentação do orçamento estadual de 2015 será feita por Frederico Lara Menezes, atual secretário-geral da Assembleia Legislativa. Ele integra a equipe de transição do governo indicada pelo governador eleito Robinson Faria. “Não tem muito que fazer, não. Tirar de quem? Dos poderes? Vão deixar? Vamos estudar. Pegar o orçamento, estudar, e discutir esse grande entrave da administração que é o orçamento”, finalizou Fábio.

Escoteiros do Brasil são premiados no CQWS 2014

 

O resultado da 12ª edição do CQ World Scouts, primeiro concurso de Radioamadores Escoteiros mundial, acabou de sair, e quem conquistou o 1º lugar foram os brasileiros. Os resultados completos podem ser encontrados no site oficial de Radioescotismo: http://goo.gl/ccLqT1

Um troféu foi entregue para o grande campeão, Paul – PY4ALC, do Grupo Escoteiro São Francisco de Assis (17°/MG), e todos os participantes receberam um diploma de participação. Além disso, um participante, integrante de uma das cinco estações de Radioamador com maior pontuação geral, ainda foi sorteado com uma passagem aérea para o VI Jamboree Nacional Escoteiro, que será realizado em Natal/RN, em janeiro de 2015 - a estação sorteada foi PY7AHA, de Alexandre Neves, e a passagem foi oferecida pelo Coordenador do CQWS, Nei Tosatti.

O CQWS deste ano aconteceu ainda no fim de agosto, mas a premiação foi realizada após o Jota. O objetivo é incentivar os grupos escoteiros a participarem dos eventos de Radioescotismo, fazendo crescer ainda mais essa comunidade mundial.

Petrobras reajusta preço da gasolina

Rio (AE) - A Petrobras anunciou ontem reajuste de preços dos combustíveis, com aumento de 3% para a gasolina e de 5% para o óleo diesel nas refinarias a partir desta sexta-feira. A expectativa é que o impacto para o consumidor seja entre 2%e 4% nos preços praticados pelos postos de gasolina de todo o País No mercado financeiro, o aumento foi visto como um novo gesto político, calculado sob medida para evitar um impacto maior na inflação ao mesmo tempo em que acena aos investidores para atitudes benéficas à saúde financeira da estatal, que deve encerrar o ano com forte constrangimento financeiro.
Joana LimaAté o início da noite, frentistas de postos de Natal não tinham recebido nenhum comunicado sobre reajuste do preço da gasolinaAté o início da noite, frentistas de postos de Natal não tinham recebido nenhum comunicado sobre reajuste do preço da gasolina

As projeções de economistas indicam um impacto entre 0,11 e 0,17 ponto porcentual sobre a inflação, descartando as expectativas de manter a taxa dentro da meta estabelecida pelo Banco Central, de 6,5%. A expectativa é que a taxa termine o ano em 6,6%, segundo a média das projeções feitas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. No acumulado em 12 meses, até setembro, a inflação medida pelo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), já está em 6,75%. O resultado de outubro será divulgado hoje.

Nas bombas, o presidente do Sincopetro do Estado de São Paulo (sindicato dos postos), José Alberto Gouveia, afirma que o reajuste deve ficar um pouco abaixo dos 3% aplicado nas refinarias.
O reajuste foi anunciado após uma semana de pressão sobre a Petrobras, acuada entre denúncias de corrupção, divergências internas em seu Conselho de Administração e atrasos na apresentação de resultados trimestrais. Tudo isso em um cenário de queda livre no preço do petróleo no mercado internacional, movimento que influencia as margens de lucro e os planos de investimento da companhia.

As turbulências foram determinantes para a definição do reajuste dos combustíveis. Ao longo de 2014, o caixa da Petrobras esteve pressionado por uma defasagem de cerca de 20% entre os preços de importação dos mercados internacionais e a revenda no mercado interno, com preços represados para conter a alta da inflação.

Nos últimos três anos, as perdas de receita por conta da defasagem já chegam a R$ 80 bilhões, segundo o analista de petróleo, Auro Rosembaun, do Bradesco.

Em reunião extraordinária do Conselho de Administração, na última terça-feira, a presidente da estatal, Graça Foster, preparou uma extensa apresentação sobre a necessidade de reajuste para recompor as margens de lucro. Naquele dia a companhia recebeu aval do governo para o reajuste, mas a data ou o porcentual não foram anunciados. Após nove horas de debates, na saída da reunião Graça se limitou a afirmar que “reajuste não se anuncia, pratica-se”.

Na véspera do anúncio, a estatal encaminhou comunicado ao mercado em que informava a orientação do Conselho, presidido pelo ministro da Fazenda Guido Mantega, “pela manutenção dos níveis de preços”. Por outro lado, o documento destacava que a decisão final seria da diretoria executiva - uma tentativa de demonstrar independência na condução da estatal.

Bate papo - Edmar Almeida
Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro

‘A incerteza é um grande empecilho’

Rio (AE) - Mais do que reforçar o caixa da Petrobras, o reajuste dos preços dos combustíveis é positivo porque transmite ao mercado a mensagem de segurança de que ao menos um aumento de preço ocorrerá a cada ano, em linha com a promessa do governo, afirma o professor do Instituto de Economia da Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro Edmar Almeida. Ainda assim, ele defende a adoção pelo governo de uma política de reajuste mais previsível para reduzir as incertezas dos investidores. “A incerteza é um grande empecilho a investimento privado no segmento de combustíveis no Brasil. Não é apenas um reajuste que vai resolver esse problema estrutural”, afirma.

Reajustes na proporções de 3% e 5% para a gasolina e o diesel, respectivamente, resolvem o problema de caixa da Petrobras?
É importante ter o reajuste, porque mostra que a regra de ter ao menos um aumento por ano, como prometeu o governo, continua valendo. Havia muita preocupação em função da inflação. Os percentuais são pequenos, porque a defasagem entre os preços internos e externos foi reduzida. Mas afirmar que esses reajustes não contribuem em nada para a empresa não é certo. Gasolina e diesel são os seus principais produtos. Se os preços, daqui para frente, continuarão ou não alinhados com o mercado externo, vai depender do câmbio e do preço do petróleo nas próximas semanas, que estão mais voláteis.

Qual o impacto desses reajustes na capacidade de investimento da Petrobrás?
Qualquer aumento de preço é positivo. Além de gerar mais caixa com a venda de combustíveis, reduz as perdas com a importação de derivados de petróleo. É claro que o plano de investimento da Petrobras é muito grande. O seu financiamento não depende só de aumento de preços, mas de uma série de fatores, como de caixa livre.

Como o mercado deve perceber esses percentuais de reajuste?
O mercado já não aguardava um aumento muito grande, porque sabe que a defasagem diminuiu. O importante para o mercado é que houve reajuste. Isso dá uma esperança de que haverá outros daqui em diante. No longo prazo, é importante rediscutir a política de alinhamento dos preços que torne o processo mais previsível. Isso é mais importante do que reajustar preços em um curto período de tempo. A incerteza é um grande empecilho ao investimento privado no segmento de combustíveis no Brasil. Não é apenas um reajuste que vai resolver esse problema estrutural.

O anúncio de alta dos preços dos combustíveis será suficiente para melhorar o humor dos investidores com a estatal?
É um começo. A empresa ainda tem muitos problemas a enfrentar relacionados à governança corporativa. As atenções se voltam, neste momento de denúncias de corrupção, para a governança da companhia.

Participe do “Guerreiro sem Armas” e faça parte de uma rede de empreendedores sociais


No começo de 2014 aconteceu no Brasil o II Moot Scout Interamericano, que uniu mais de mil jovens de toda a América para juntos compartilharem experiências, alegrias e um propósito: servir ao próximo. Durante o evento, mais de 20 mil horas de serviço comunitário foram realizadas, impactando comunidades de quatro cidades diferentes. Essas atividades se orientaram pela Metodologia Oasis, criada pelo Instituto Elos, organização parceira dos Escoteiros do Brasil.

A Metodologia Oasis consiste em 7 passos, que buscam reconhecer as belezas e engajar pessoas de cada comunidade para trabalhar em conjunto na realização de sonhos coletivos. Durante o II Moot Scout Interamericano, os jovens participaram da etapa chamada "Milagre", onde os sonhos são construídos.

Assim como os escoteiros, o Instituto Elos também busca construir um mundo melhor por meio dos jovens. O programa de treinamento do Elos chama-se "Guerreiros Sem Armas". Hoje, mais de 340 jovens de 31 países formam uma rede de empreendedores sociais que atuam localmente para transformar suas comunidades, tal qual os escoteiros. E a próxima edição do Guerreiros Sem Armas já tem data: 6 de julho a 6 de agosto de 2015.


Se você se sente chamado a dar um primeiro passo, inscreva-se já no Caminho do Sim! A jornada está apenas começando.


Se você não foi ao II Moot Scout Interamericano, veja o que rolou aqui.


Quer saber mais sobre o Instituto Elos, clique aqui.