quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Enfrentamento ao crack deve valorizar abordagem social e inclusão produtiva

Ao participar de solenidade de ampliação do programa “Crack, é possível vencer’, a ministra Tereza Campello reforçou a importância de ações integradas antes e depois do tratamento médico, para propiciar uma mudança de vida aos ex-dependentes
Ana Nascimento/MDS
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, fala na cerimônia de Adesão do Plano Crack, é Possível Vencer.
Brasília, 6 – A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, defendeu nesta terça-feira (6), que o Serviço Especializado de Abordagem Social é “fundamental e estratégico” para o enfrentamento às drogas, assim como a oferta de oportunidades de inclusão produtiva, para promover uma mudança de vida aos ex-dependentes de álcool e drogas. Durante balanço das ações do Programa Crack, é Possível Vencer, em Brasília, a ministra reforçou que o sucesso do plano nacional depende da articulação entre os setores do governo federal, dos programas da Assistência Social com a Saúde, além da parceria com estados, municípios e sociedade civil.

Na solenidade, oito estados assinaram a adesão ao programa. Com essas assinaturas – de Amazonas, Amapá, Bahia, Mato Grosso, Maranhão, Rondônia, Roraima e Tocantins –, todas as unidades da federação estão inclusas no Crack, é Possível Vencer, lançado em dezembro de 2011. Além do MDS, o plano conta com ações dos ministérios da Justiça e da Saúde, além da Casa Civil e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Na solenidade desta terça-feira, 28 municípios também assinaram adesão ao programa, elevando para 118 o número de cidades participantes.

A ministra Tereza Campello explicou que as ações de assistência social estão diretamente ligadas às atividades da Saúde. “Nós montamos as equipes de forma conjunta. Não existem hoje equipes da rede social fazendo abordagem de rua para o tratamento e o enfrentamento ao crack separadas das equipes de saúde, dos consultórios de rua”, explica.

Tereza Campello também chamou especial atenção para as ações antes e depois do tratamento: “Nós temos que pensar na agenda do crack olhando o antes, o momento do tratamento, e olhando também a trajetória de vida do doente, da família do doente, como está conseguindo reconstruir essa trajetória e, pra isso, nosso trabalho conjunto é fundamental”, disse a ministra.

Ela citou exemplos de ações do governo federal, como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), para promover a inclusão produtiva e a reinserção social dos dependentes de drogas em recuperação. “Estamos abrindo uma frente do Pronatec para a população em situação de rua, em especial para pessoas em tratamento contra dependência do crack”.

A ministra lembrou a solenidade de formatura de 1,8 mil profissionais formados pelo Pronatec, no dia 19 de julho em São Paulo, em que havia alunos em situação de rua e um deles contou ser ex-usuário de crack. “Ele deu seu depoimento, dizendo não só que estava ‘limpo’, mas que fez um curso de qualificação, que estava empregado e, portanto, com força para continuar ‘limpo’ e continuar construindo seu futuro, contando como ele andava na rua, orgulhoso, com um crachá do Senai, com uma apostila”, contou Tereza Campello. “Esse tipo de exemplo que nós queremos repetir e é esse tipo de história que nós queremos poder contar, daqui pra frente.”
 
Fonte: Ascom/MDS

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