segunda-feira, 21 de maio de 2012

Guamaré contrata empresa de ex-prefeito por R$ 180 mil

A realização de festas enquanto a cidade sofre com a seca não é o único “fato curioso” que ocorre na gestão da Prefeitura de Guamaré, que gastou quase R$ 2 milhões com bandas no mesmo período em que decretou situação de emergência devido à estiagem. O ex-vice-prefeito, agora é prestador de serviço na área da saúde. O contrato para isso tem o valor global de R$ 178,5 mil.
E não faz muito tempo que Marcus Tullius Cícero de Farias Gomes não é mais vice-prefeito de Guamaré. O pedido de renúncia foi lido em Sessão Ordinária no dia 4 de novembro de 2011, ou seja, há pouco mais de seis meses. A saída, inclusive, foi em meio à polêmica. Afinal, nenhuma justificativa oficial foi dada, apesar de que, para alguns blogs da região, ele afirmou que iria se dedicar a carreira de médico e cuidar do povo de Baixa do Meio, distrito de Guamaré.
Esse “cuidado” todo pôde ser confirmado no dia 2 de maio. A empresa MT Serviços Médicos S/S LTDA, de propriedade de Marco Tullius, foi contratada pela Prefeitura de Guamaré para realizar exames de média e alta complexidade, destinada a atender ao Fundo Municipal de Saúde de Guamaré.
Interessante, também, é que a empresa MT Serviços Médicos, criada em 2007, tem sede em Caicó, cidade que fica a mais de 300 quilômetros de Guamaré. Foi em Caicó, também, que a Prefeitura contratou quatro empresas para “aquisição de material de construção para atender a manutenção e conservação dos prédios públicos do município”. O contrato que tem vigência até dezembro de 2012 custou R$ 405 mil e foi publicado no Diário Oficial do Guamaré.
RENÚNCIAS
Atualmente como prefeito de Guamaré, Emilson de Borba, também conhecido como Lula, começou o ano de 2011 como vereador. Contudo, no final do ano, o então vice-prefeito Marcos Tulius renunciou ao cargo e o então prefeito, Auricélio dos Santos Teixeira ficou licenciado nos meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março. Durante todo esse período, Emilson de Borba, como presidente da Câmara Municipal, foi o prefeito interino.
Em abril, o negócio foi oficializado. Com a confirmação da candidatura (a prefeito) de seu cunhado, Hélio Wilame, do PMDB, Auricélio dos Santos decidiu renunciar. Deveria haver uma votação indireta na Câmara, mas a Lei Orgânica da cidade foi alterada e Emilson de Borba foi elevado, oficialmente, ao cargo de prefeito.

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