Bloqueadores já estão operando na Penitenciária de Parnamirim, mas
interferência no sinal dos presos ainda não está totalmente garantida.
Em fase inicial de operações na Penitenciária Estadual de Parnamirim
(PEP), os bloqueadores instalados na unidade já estão no mínimo
comprometendo o sinal telefônico dos apenados. Segundo Eduardo Neger,
diretor da empresa Neger, responsável pela instalação e manutenção dos
equipamentos, os aparelhos já estão funcionando desde ontem.
“Eles já estão operando na frequência capaz de bloquear o sinal dos
presos, mas, ainda estamos em fase inicial de operação. Não tenho como
garantir que os apenados já estejam sem sinal, porém, no mínimo eles já
estão com o serviço bastante comprometido”, disse.
Ainda de acordo com Eduardo Neger, para garantir o bloqueio 100% do
sinal dos presos, é necessário visitar ponto a ponto da unidade e
realizar manutenções periódicas na frequência emitida pelo sinal
bloqueador. “É um trabalho diário e contínuo. Para garantir o bloqueio
nós precisamos emitir um sinal com frequência superior ao das
operadoras. As companhias de telefonia alteram as frequências
constantemente, por isso é importante o trabalho de manutenção”, relata o
especialista.

O
diretor da empresa também garantiu que os aparelhos instalados no
presídio são bastante resistentes, elaborados justamente para não serem
facilmente danificado pelos apenados. “Quando se instala os bloqueadores
em presídios, eles acabam virando alvo dos detentos. Claro que eles vão
tentar jogar pedra para destruir os aparelhos na tentativa de recuperar
o sinal, mas nós instalamos os bloqueadores em cima dos muros, e mesmo
que consigam acertar pedras ou outros objetos neles, os equipamentos são
bem resistentes”, garante.
Mas, caso os presos consigam danificar os aparelhos de alguma forma, o
diretor da Neger revelou que no contrato firmado com o Governo do
Estado, a companhia prevê a reposição dos materiais sem um ônus
adicional. “Acho muito difícil isso acontecer, mas se eles conseguirem,
nós iremos repor o equipamento sem custo adicional ao Estado”, afirmou.
A Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejuc) já revelou que também
pretende instalar os bloqueadores em outros presídios do Estado, no
entanto, a pasta ainda não estipulou um prazo para que isso aconteça.
Apesar disso, Neger garantiu que, caso o governo queira e possa investir
nos serviços para as demais unidades, a empresa poderá realizar a
instalação nos demais presídios até o fim do ano.