quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Bloqueadores já comprometem sinal telefônico no Presídio de Parnamirim

Bloqueadores já estão operando na Penitenciária de Parnamirim, mas interferência no sinal dos presos ainda não está totalmente garantida.
Em fase inicial de operações na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), os bloqueadores instalados na unidade já estão no mínimo comprometendo o sinal telefônico dos apenados. Segundo Eduardo Neger, diretor da empresa Neger, responsável pela instalação e manutenção dos equipamentos, os aparelhos já estão funcionando desde ontem. 
 
“Eles já estão operando na frequência capaz de bloquear o sinal dos presos, mas, ainda estamos em fase inicial de operação. Não tenho como garantir que os apenados já estejam sem sinal, porém, no mínimo eles já estão com o serviço bastante comprometido”, disse.
Ainda de acordo com Eduardo Neger, para garantir o bloqueio 100% do sinal dos presos, é necessário visitar ponto a ponto da unidade e realizar manutenções periódicas na frequência emitida pelo sinal bloqueador. “É um trabalho diário e contínuo. Para garantir o bloqueio nós precisamos emitir um sinal com frequência superior ao das operadoras. As companhias de telefonia alteram as frequências constantemente, por isso é importante o trabalho de manutenção”, relata o especialista. 

TEC-H

O diretor da empresa também garantiu que os aparelhos instalados no presídio são bastante resistentes, elaborados justamente para não serem facilmente danificado pelos apenados. “Quando se instala os bloqueadores em presídios, eles acabam virando alvo dos detentos. Claro que eles vão tentar jogar pedra para destruir os aparelhos na tentativa de recuperar o sinal, mas nós instalamos os bloqueadores em cima dos muros, e mesmo que consigam acertar pedras ou outros objetos neles, os equipamentos são bem resistentes”, garante. 

Mas, caso os presos consigam danificar os aparelhos de alguma forma, o diretor da Neger revelou que no contrato firmado com o Governo do Estado, a companhia prevê a reposição dos materiais sem um ônus adicional. “Acho muito difícil isso acontecer, mas se eles conseguirem, nós iremos repor o equipamento sem custo adicional ao Estado”, afirmou.
A Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejuc) já revelou que também pretende instalar os bloqueadores em outros presídios do Estado, no entanto, a pasta ainda não estipulou um prazo para que isso aconteça. Apesar disso, Neger garantiu que, caso o governo queira e possa investir nos serviços para as demais unidades, a empresa poderá realizar a instalação nos demais presídios até o fim do ano.

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