sexta-feira, 7 de junho de 2013

Disputa por terreno motivou crime

Antônio Carlos Souza de Oliveira, 41 anos, advogado criminalista, foi assassinado por uma disputa pela posse de um terreno. A Polícia Civil elucidou o caso da morte do bacharel, ocorrida em maio passado, e chegou à conclusão de que Antônio Carlos foi vítima de uma vingança do homem que afirmava ser o proprietário de vários lotes das quadras 28 e 30 do loteamento Santa Luzia, em São Gonçalo do Amarante, adquirido pelo advogado em fevereiro passado.
Degepol/DivulgaçãoA Degepol divulgou foto do terreno, alvo da disputa entre Antônio Carlos e o posseiro Expedito José, que afirmava ser o dono das áreas compradas pelo advogadoA Degepol divulgou foto do terreno, alvo da disputa entre Antônio Carlos e o posseiro Expedito José, que afirmava ser o dono das áreas compradas pelo advogado

Degepol/DivulgaçãoExpedito José nega ser mandante do crime contra o advogadoExpedito José nega ser mandante do crime contra o advogado
Os delegados responsáveis pelo inquérito apresentaram as informações ontem em coletiva de imprensa, onde também foi apresentado o homem preso por supostamente efetuar os disparos, Lucas Daniel André da Silva, o Lukinha. Além dele, a polícia prendeu também no fim do mês passado Expedito José dos Santos, apontado como o mentor e mandante da execução, e a mulher dele, Francine Andrade de Souza, acusada de auxiliar a destruir o automóvel utilizado para cometer o crime.

O comerciante Expedito José, que se apresentava como “Irmão Sérgio”, teria tomado a decisão de executar o criminalista depois de uma discussão entre os dois ocorrida em 13 de abril deste ano. Neste dia, Antônio Carlos foi até o terreno motivo da briga e, junto com amigos, derrubou o muro que havia sido levantado a mando de Expedito, que tinha os planos de construir um supermercado no local. O comerciante diz que os danos provocaram uma perda de R$ 40 mil.


Degepol/DivulgaçãoLucas: Não conhecia Expedito. Fiz por amizade ao sargentoLucas: Não conhecia Expedito. Fiz por amizade ao sargento
Depois de destruir a estrutura com o auxílio de cordas amarradas a um automóvel, ainda de acordo com as investigações da Delegacia Especializada de Homicídios (Dehom), o advogado enviou uma mensagem ao comerciante, informando sobre a atitude. Insatisfeito com o ocorrido, Expedito José chegou a afirmar ao criminalista que ele pagaria “tijolo por tijolo” o que havia feito. Então ele procurou Lucas Daniel e o pedreiro que havia contratado para construir o muro, ainda foragido e identificado pela polícia somente como “Irmão Marcos”, para planejar o assassinato. O delegado Roberto Andrade, que presidiu as investigações, confirmou que a arma, as roupas escuras e a balaclava utilizadas pelo executor, e o transporte até o lugar onde foi praticado o crime, o Doblò de placas MMW-6343, foram cedidos pelo mandante.

Lucas Daniel disse ontem, durante a entrevista coletiva, que não praticou o homicídio sozinho. Tanto Expedito José como o Irmão Marcos estavam com ele no veículo. “Marcos foi dirigindo na ida e na volta foi Irmão Sérgio”, relatou. Lucas Daniel também disse que os três passaram momentos antes do assassinato no Binos Bar, estabelecimento onde aconteceu o homicídio, para se certificarem de que a vítima estava no local. “Irmão Marcos desceu para comprar um churrasco e viu que ele estava lá”, contou. Depois, os três pararam o Doblò na rua Pastor Eustáquio Lopes da Silva, paralela à Lima e Silva, onde fica a frente do bar em que estava o advogado. Lucas Daniel aguardou encostado em um poste da rua Ary Barroso Antônio Carlos ir ao banheiro para executá-lo. “Dei seis tiros”, afirmou o acusado.


Fonte: Tribuna do Norte

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