sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Servidores do Itep ameaçam paralisar 100% dos serviços a partir da próxima semana

Os servidores do Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) ameaçam paralisar 100% as atividades na sexta-feira, dia 5 de outubro, às vésperas das eleições municipais para prefeito e vereador nos 167 municípios do Rio Grande do Norte, que ocorrem no dia 7. A paralisação será efetivada caso o Governo não reabra as negociações com a categoria sobre o envio do Estatuto do órgão, que faz parte da estrutura estatal e vinculado à Secretaria Estadual de Saúde Pública. 
Servidores do Itep cobram andamento no projeto de estatuto do órgão
A decisão de parar com os serviços do necrotério, com o recebimento e autópsias de cadáveres de pessoas que sofreram morte violenta e também a realização de laudos técnicos em razão de flagrante delito, que vêm sendo realizados com 30% do quadro de pessoal, ocorreu na assembléia da noite de ontem, mas só anunciada  para a imprensa na manhã desta sexta-feira (28), na sede do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sinpol)), onde a categoria voltou a se reunir. 

Para a vice-presidente do Sinpol, Renata Pimenta, está faltando vontade política ao governo Rosalba Ciarlini para fechar o acordo sobre o Estatudo do Itep, "pois falta pouca coisa" para isso, relacionada principalmente a questões financeiras e alguns direitos trabalhistas que, na opinião dela, precisam ser garantidos aos funcionários do Itep. Renata Pimenta disse que a criação do Estatuto "é necessária para profissionalizar o Itep" e evitar que o órgão "continue sendo um cabide de emprego", como, segundo ela, foi transformado ao longo dos anos pela classe política. 

O presidente do Sinpol, Djair Oliveira, disse que a prática de transferir ou relotar servidores de outros órgãos para o Itep continua, mesmo com a greve da categoria, que está de braços cruzados há 27 dias, mas mantém serviços essenciais através dos 30% dos servidores que seguem trabalhando em respeito à lei de greve.

Na terça-feira (26), representantes do Governo e dos servidores participaram de uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça do Estado para que se chegasse a um acordo sobre a greve sobre o corto no ponto dos grevistas, mas não houve avanço. O caso será apreciado e decidido pelo Pleno do Tribunal.

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