sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Funcionários de bancos públicos encerram greve

As agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil no Rio Grande do Norte reabrem hoje depois de dez dias de greve. A decisão de voltar ao trabalho foi tomada ontem em assembleia realizada no ginásio de esportes do Colégio Imaculada Conceição (CIC) em Natal. O único banco que continuará parado será o BNB, que, de acordo com Marta Turra, coordenadora geral do sindicato, ainda se posicionará a respeito das reivindicações da categoria. A Caixa Econômica Federal não alterou a proposta apresentada na terça-feira, mas avisou que estenderia até ontem o prazo para compensação de horas paradas. A partir desta sexta-feira, seriam descontados dos trabalhadores os dias de greve.
Elza Fiúza/ABrAgências do Banco do Brasil em Natal reabre hoje quando começa pagamento de servidores públicosAgências do Banco do Brasil em Natal reabre hoje quando começa pagamento de servidores públicos

 Em carta enviada à Contraf-CUT, o banco tinha avisado que estavam "exauridas todas as hipóteses de alteração das condições negociadas". "A partir desta data e na iminência da assinatura da convenção coletiva de trabalho, em caso de ausência ao trabalho consideraria falta não justificada, com todas as implicações daí decorrentes", diz a carta, de acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, afirmou que a proposta apresentada pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban) atende em parte as demandas dos bancos públicos, mas trabalhadores do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal têm também reivindicações específicas que são negociadas com a direção dos bancos.

A Fenaban estabeleceu reajuste de 7,5% para a categoria e de 8,5% para o piso que consta na Convenção Coletiva, que passou para R$ 1.519. O piso dos trabalhadores da Caixa, contudo, já era mais alto, de cerca de R$ 1.900. "Alguns trabalhadores achavam que os 8,5% deveriam ser aplicados também no piso da Caixa, e não só no da Convenção Coletiva. Além disso, há discussões específicas sobre as condições de trabalho", disse Cordeiro. Na assembleia de ontem em São Paulo, estavam presentes cerca de 1.500 trabalhadores, de acordo com o Sindicato dos Bancários.

Na quarta-feira, os bancários que trabalham na rede privada e no Banco do Brasil em algumas capitais aprovaram a proposta da Fenaban e o consequente fim da greve. Enfraquecidos, os servidores do BB, especialmente os lotados em cidades do Nordeste, não tiveram outra saída senão votar pelo fim da paralisação.

TST determina fim da greve nos Correios e fixa reajuste

Brasília (AE) - O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que os funcionários dos Correios em greve retornem ao trabalho nesta sexta-feira. A decisão foi tomada na tarde de ontem quando o TST julgou o dissídio coletivo da categoria em sessão extraordinária. O tribunal determinou que Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) deve conceder 6,5% de reajuste aos funcionários, retroativo a primeiro de agosto. Os Correios ofereciam reajuste de 5,2%, mas os funcionários pediam mais. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), que representa 31 das 35 regionais, pedia 43,7% de reajuste. O grupo dos "Sindicatos Unificados", reunindo os trabalhadores dos Correios da capital paulista e região metropolitana; de Bauru, no interior de São Paulo, e dos Estados do Rio de Janeiro e Tocantins, solicitava 10,2% de aumento salarial.

Além de fixar a volta ao trabalho a partir desta sexta (28), o TST estabeleceu que deverá haver compensação dos dias não trabalhados. O início da greve não ocorreu ao mesmo tempo em todas as 35 unidades regionais. Os primeiros pontos entraram em greve em 11 de setembro. Foi firmado também nesta quinta-feira que não haverá desconto dos dias parados. Essa compensação dos dias de paralisação deverá ser feita no prazo de seis meses, determinou o tribunal.

Segundo os Correios, o impacto anual com o reajuste de 6,5% estabelecido nesta quinta é de R$ 602 milhões ao ano. A folha total anual é de R$ 8 bilhões.

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