Elaborada pela Federação das Indústrias do Estado Rio
Grande do Norte (FIERN), a Sondagem das Indústrias Extrativas e de
Transformação do RN revela queda generalizada no nível de atividade da
indústria potiguar no mês de junho, reproduzindo a mesma trajetória da
indústria nacional.
De acordo com a Fiern, tanto as pequenas como as médias e grandes
empresas apresentaram recuo na produção, emprego e nível de utilização
da capacidade instalada. Os estoques de produtos finais continuaram em
queda, arrastados pelas pequenas empresas, embora as grandes tenham
reportado algum acúmulo e estoques dentro do planejado. Tal situação
contrasta com a da indústria nacional, que apresenta acúmulo de estoques
de produtos finais.
Com o cenário desfavorável de junho, os empresários potiguares não
chegam a demonstrar entusiasmo quanto ao desempenho dos negócios nos
próximos meses. Apesar da expectativa de aumento na demanda, os
industriais esperam menor crescimento na compra de matérias-primas,
recuo no número de empregados e estabilidade na quantidade exportada.
No balanço trimestral, os empresários manifestaram, ainda, aumento na
insatisfação com as condições financeiras de suas empresas, no que diz
respeito às margens de lucro, à situação financeira, além de reportarem
maior dificuldade no acesso ao crédito.
O principal problema do trimestre, na opinião dos empresários
potiguares, continuou sendo a elevada carga tributária, observando-se
inclusive aumento nas assinalações; seguida pela falta de demanda e pela
acirrada competição de mercado. Mas é importante destacar o aumento nas
citações para as taxas de juros elevadas e para o alto custo da
matéria-prima.
Segundo a Comparando-se, os indicadores avaliados pela nossa Sondagem
Industrial com os resultados divulgados pela CNI para o conjunto do
Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram,
com duas exceções em destaque: o conjunto dos empresários
nacionais reportou acúmulo de estoques de produtos finais e acima do
planejado e prevê queda na quantidade exportada nos próximos seis meses.
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