Em meio à queda na produção e nas reservas da Bacia Potiguar e
atravessando uma crise de demissões com a retirada de investidores, o
setor petrolífero do Rio Grande do Norte comemora o resultado do leilão
da Agência Nacional do Petróleo (ANP) realizado esta semana.
Júnior Santos
Apetite
por blocos em terra, na bacia potiguar, surpreendeu alguns analistas:
perfil de investidores que chegam a partir do leilão é mais conservador.
Operadores são de pequeno e médio portes

A previsão de R$ 250
milhões em investimentos mínimos comprometidos pelas empresas vencedoras
dá um novo alento ao setor. O montante, segundo analistas do mercado,
pode duplicar a partir das operações.
Contudo, a economia local só deve começar a sentir os efeitos daqui a pelo menos dois anos - quando as atividades exploratórias iniciarem em campos terrestres e offshore (no mar).
Após cinco anos sem leilão, 18 dos 30 blocos exploratórios ofertados na Bacia Potiguar foram arrematados e renderam mais de R$ 226 milhões de bônus de assinatura (valor pago pelas empresas quando da assinatura dos contratos de concessão).
Investidores pagam 1.000% a mais
Sara Vasconcelos - Repórter
O leilão realizado esta semana pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) deverá render ao Rio Grande do Norte, no primeiro momento, R$ 250 milhões em investimentos e a chegada de investidores como a portuguesa Petrogal e a nacional OGX, do empresário Eike Batista. Pelos 18 dos 30 blocos arrematados na bacia, as operadoras pagaram 1.000% a mais que o mínimo estabelecido pela ANP e terão entre cinco a sete anos, após a assinatura do contrato de concessão, para procurar petróleo e gás na Bacia Potiguar, e outros 27 para produzir. A assinatura dos contratos está prevista para agosto.
Contudo, a economia local só deve começar a sentir os efeitos daqui a pelo menos dois anos - quando as atividades exploratórias iniciarem em campos terrestres e offshore (no mar).
Após cinco anos sem leilão, 18 dos 30 blocos exploratórios ofertados na Bacia Potiguar foram arrematados e renderam mais de R$ 226 milhões de bônus de assinatura (valor pago pelas empresas quando da assinatura dos contratos de concessão).
Investidores pagam 1.000% a mais
Sara Vasconcelos - Repórter
O leilão realizado esta semana pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) deverá render ao Rio Grande do Norte, no primeiro momento, R$ 250 milhões em investimentos e a chegada de investidores como a portuguesa Petrogal e a nacional OGX, do empresário Eike Batista. Pelos 18 dos 30 blocos arrematados na bacia, as operadoras pagaram 1.000% a mais que o mínimo estabelecido pela ANP e terão entre cinco a sete anos, após a assinatura do contrato de concessão, para procurar petróleo e gás na Bacia Potiguar, e outros 27 para produzir. A assinatura dos contratos está prevista para agosto.
Júnior Santos
A exploração no mar despertou forte interesse das empresas durante o leilão. No RN, a Petrobras operava sozinha no segmento

A
conjuntura deve movimentar o mercado, que desacelerou nos últimos anos
devido ao declínio na produção e reservas, além da retirada de
investidores. A desaceleração da atividade petrolífera no Estado
provocou a demissão de trabalhadores. Mais de 2 mil baixas foram
homologadas entre outubro de 2012 e março deste ano, pelos sindicatos
dos Petroleiros (Sindipetro) e dos Trabalhadores da Construção Civil
(Sinduscon). A possível descoberta de novas jazidas, a partir da
operação das áreas leiloadas pode ajudar a reverter os números negativos
e impulsionar a produção.
Os efeitos do leilão na geração de emprego, na aquisição de bens e serviços, entretanto, não serão imediatos, de acordo com especialistas da área. A espera será de pelo menos dois anos. Durante as atividades exploratórias a captação de mão de obra é em baixa escala, sendo alavancada na fase de produção, que depende da descoberta de novas jazidas.
Atratividade
De forma geral, a avaliação de especialistas é de que o resultado do leilão é positivo e demonstra a atratividade da Bacia Potiguar, embora madura, para novos investimentos e renovação do portfólio atual. “O setor estava precisando desta nova perspectiva concreta de investimento no estado”, frisa o coordenador acadêmico do curso de Engenharia de Petróleo e Gás da Universidade Potiguar (UnP), Francisco Wendell Bezerra Lopes.
A rodada de licitação, explica o coordenador da Redepetro RN, Dorian Hilton Filgueira Bezerra, serve para retirar do marasmo o setor. A Redepetro reúne empresas que atuam na cadeia do petróleo no estado.
Há cinco anos, o leilão de concessão vinha sendo adiado devido à indefinição do modelo regulatório de exploração da camada do pré-sal que só foi definido este ano. Neste período houve o fim de contratos e o fechamento de poços. “A expectativa é de novos investimentos, em um ano e meio. O leilão democratiza a exploração”, afirma Bezerra.
A longo prazo, alerta Wendell Lopes, a economia do estado tende a sofrer algum impacto e deve ter aumento no arrecadamento de royalties.
Na 11ª Rodada foram arrematados 142 dos 289 blocos oferecidos no Brasil em 23 setores distribuídos em 11 bacias sedimentares. “Estamos muito satisfeitos. O resultado da rodada superou as expectativas, que era de arrecadar R$ 2 bilhões em bônus de assinatura. E tivemos R$ 2,8 bilhões. Esta rodada está trazendo expectativas de investimento da ordem de R$ 7 bilhões. Isso é grandioso”, disse a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard.
Os efeitos do leilão na geração de emprego, na aquisição de bens e serviços, entretanto, não serão imediatos, de acordo com especialistas da área. A espera será de pelo menos dois anos. Durante as atividades exploratórias a captação de mão de obra é em baixa escala, sendo alavancada na fase de produção, que depende da descoberta de novas jazidas.
Atratividade
De forma geral, a avaliação de especialistas é de que o resultado do leilão é positivo e demonstra a atratividade da Bacia Potiguar, embora madura, para novos investimentos e renovação do portfólio atual. “O setor estava precisando desta nova perspectiva concreta de investimento no estado”, frisa o coordenador acadêmico do curso de Engenharia de Petróleo e Gás da Universidade Potiguar (UnP), Francisco Wendell Bezerra Lopes.
A rodada de licitação, explica o coordenador da Redepetro RN, Dorian Hilton Filgueira Bezerra, serve para retirar do marasmo o setor. A Redepetro reúne empresas que atuam na cadeia do petróleo no estado.
Há cinco anos, o leilão de concessão vinha sendo adiado devido à indefinição do modelo regulatório de exploração da camada do pré-sal que só foi definido este ano. Neste período houve o fim de contratos e o fechamento de poços. “A expectativa é de novos investimentos, em um ano e meio. O leilão democratiza a exploração”, afirma Bezerra.
A longo prazo, alerta Wendell Lopes, a economia do estado tende a sofrer algum impacto e deve ter aumento no arrecadamento de royalties.
Na 11ª Rodada foram arrematados 142 dos 289 blocos oferecidos no Brasil em 23 setores distribuídos em 11 bacias sedimentares. “Estamos muito satisfeitos. O resultado da rodada superou as expectativas, que era de arrecadar R$ 2 bilhões em bônus de assinatura. E tivemos R$ 2,8 bilhões. Esta rodada está trazendo expectativas de investimento da ordem de R$ 7 bilhões. Isso é grandioso”, disse a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard.

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