segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ex-mulher de Collor relata rituais de magia negra na Casa da Dinda


A ex-primeira-dama do Brasil Rosane Malta, ex-mulher de Fernando Collor, fez graves acusações contra o senador eleito pelo estado de Alagoas. Em entrevista exibida pelo Fantástico, da Rede Globo, neste domingo (15), Rosane afirmou que ex-presidente da República participava de rituais de magia negra e que mentiu sobre a relação que mantinha com Paulo César Farias após a campanha que levou Collor à Presidência da República a partir de 1990.

Separada de Collor desde 2005, Rosane está escrevendo um livro onde vai relatar histórias sobre o período em que esteve ao lado do ex-presidente. De acordo com ela, Collor teria receio de que ela relatasse as histórias referentes ao período em que os dois foram casados, principalmente com relação à influência que PC Farias, morto em 1996, tinha no Governo Federal e sobre os supostos rituais de magia negra.

PC Farias foi condenado por corrupção durante o período eleitoral e também após o início do Governo, onde teria cobrado dinheiro para que empresários tivessem benefícios na administração pública. Ele foi preso em 1993, mas ganhou a liberdade condicional e foi morto em 1996, em Alagoas. A Polícia acredita que a então namorada do ex-tesoureiro de Collor foi a autora do homicídio e, em seguida, teria cometido suicídio. Porém, ainda há dúvidas sobre o crime. Sobre o crime, Rosane afirma que não acredita em ligação de Collor, mas ela rebateu declarações do ex-presidente sobre a relação que Collor mantinha com PC após o escândalo de corrupção.

Em pronuciamento realizado em 1992, Fernando Collor disse que não falava com PC Farias há dois anos. Contudo, Rosane garante que PC Farias frequentava semanalmente a "Casa da Dinda", mansão da família Collor em Brasília, durante o Governo do ex-presidente. "Ele só deixou de ir depois do escândalo", garantiu.

A Casa da Dinda, inclusive, também teria sido palco de rituais de magia negra que supostamente contavam com a participação de Fernando Collor. A acusação de Rosane é a mesma que foi feita por Pedro Collor poucos meses antes do processo que resultou no Impeachment do então presidente. De acordo com Rosane, Collor participava dos "trabalhos" antes mesmo de conhecê-la. Um dos objetivos dos rituais foram a vitória eleitoral em 1989 e também a proteção contra adversários. De acordo com o relato de Rosane Malta, Collor chegou a passar três dias em um porão na Casa da Dinda, vestido de branco, para cumprir um ritual em que o objetivo era reverter contra os inimigos todo o mal que eles desejassem contra o ex-presidente.

Rosane está em disputa judicial contra Fernando Collor. Os dois foram casados com separação total de bens, mas ela afirma que quando caso, ainda com 19 anos, pensava que o acordo era de separação parcial de bens, acreditando que tudo o que fosse conseguido pelo casal após o matrimônio seria dividido em caso de separação. Atualmente, ela vive em uma casa cedida por Collor e recebe R$ 18 mil mensais de pensão alimentícia. Ela cobra mais de R$ 900 mil de suposta dívida referente à pensão e acredita que o valor pago mensalmente é injusto. "Tenho amigas que não foram casadas com um senador da República ou ex-presidente e que recebem R$ 40 mil", argumentou.

O livro que está em produção por Rosane Malta ainda não tem data para ser finalizado.

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