quarta-feira, 2 de maio de 2012

Diretor diz que "essa não é a pior crise do Walfredo"

Na última segunda-feira promotora Iara Pinheiro realizou inspeção e encontrou muito lixo no maior hospital do estado


O lixo desapareceu, mas as macas continuam ocupando os corredores do Walfredo, enquanto seu diretor, Domício Arruda, diz que trabalha para melhorar quadro. Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press
Um dia depois da inspeção do Ministério Público (MP) ao Hospital Walfredo Gurgel, o ambiente, no feriado do dia do trabalhador, era de tranquilidade. O lixo encontrado pela promotora Iara Pinheiro já não fazia parte do cenário do local. Ontem, durante a visita da nossa equipe de reportagem, o movimento no setor de urgência e emergência era pequeno. Mas, os corredores continuavam servindo de enfermarias para os pacientes internados.

Ninguém da direção estava no local. Os plantonistas se recusaram a falar sobre a situação do hospital. Apesar da calmaria do feriado, a falta de estrutura do hospital é tema recorrente no Rio Grande do Norte. Acúmulo de lixo, falta de macas, elevadores quebrados e leitos fechados foram encontrados pela promotora, na última segunda-feira. Iara divulgará o relatório da inspeção somente no final desta semana.

A expectativa é para um relatório extremamente crítico, devido à precariedade dos serviços prestados pelo hospital. O problema no Walfredo Gurgel está tão crítico, que os elevadores estão quebrados, inclusive o elevador que é usado para o transporte do pacientes que morrem no hospital para o necrotério está quebrado.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Domício Arruda, esta não é a pior crise enfrentada pelo Walfredo Gurgel. Ele disse, em entrevista ao Diário de Natal, que o retrato é de um hospital que vive superlotado. "O Hospital Walfredo Gurgel opera com 20% a mais de demanda do que a sua capacidade. Então, a realidade é essa. Vamos trabalhar para melhorar o quadro. Já enfrentamos quadro muito piores", destacou.

Arruda afirmou que está cobrando junto ao governo a contratação de pessoal, para atender a demanda, a melhora no abastecimento e nas condições de trabalho. "Eu conheço a realidade local. A questão do lixo ocorreu porque estamos devendo dois meses à empresa que o recolhe. Espero acertar o pagamento, que será por indenização, dentro de 10 dias".

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