quinta-feira, 26 de maio de 2016

Proposta de novas eleições pode ser estratégia do PT


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O PT está contando votos para reverter o processo de impeachment no Senado. A estratégia é retomar o discurso de novas eleições e convencer a presidente afastada Dilma Rousseff a se comprometer com a proposta, caso ela volte ao poder. Assim, petistas dizem acreditar que será mais fácil fazer com que alguns senadores que votaram pela abertura do processo mudem de voto na fase final. Para que a presidente seja definitivamente afastada são necessários 54 votos. Na sessão de admissibilidade, 55 senadores votaram pela abertura do processo. O PT calcula entre dez e 13 senadores considerados “potenciais” para mudar de voto, porém espera reverter de fato quatro posicionamentos.

Os nomes favoritos dos petistas para reverter a votação são os senadores do Distrito Federal, Cristovam Buarque (PPS-DF), Antônio Reguffe (sem partido) e Hélio José (PMDB-DF). O entendimento é que as medidas de Temer com cortes no serviço público, concursos e reforma da Previdência enfraquecem o eleitorado de classe média. Tanto Cristovam quanto José afirmaram na primeira sessão que votavam apenas pela abertura do processo e que poderiam mudar de opinião. Reguffe foi mais crítico em seu discurso contra o governo Dilma, mas ele faz parte do grupo de senadores que defendem a PEC das novas eleições.

Na avaliação das duas primeiras semanas de governo Temer, os petistas sustentam que o presidente em exercício saiu desgastado. Por isso, outra saída é usar os erros do governo para jogar a população contra Temer. Nessa linha, outro foco de atenção para os petistas é o PSB. Os petistas acreditam que a opinião pública poderá se virar contra Temer com mais força no Nordeste. Antonio Carlos Valadares (SE) e Roberto Rocha (MA) seriam nomes fortes para mudar de voto. Além desses, foi cotado também o nome do senador Romário (PSB-RJ), que tem restrições com Romero Jucá (PMDB-RR).  Os senadores do PT afirmam que o tema já foi colocado para a presidente afastada. A parte mais difícil da estratégia é justamente convencê-la a se comprometer com novas eleições.

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