sexta-feira, 4 de julho de 2014

Para técnico brasileiro, Seleção segue com a “mão na taça”

Fortaleza, CE - Folhapress - Na véspera do confronto com a Colômbia, o técnico Luiz Felipe Scolari adotou um discurso otimista antes de decidir a classificação às semifinais do Mundial. Ao ser questionado se o time permanecia com um mão na taça da Copa do Mundo, como declarara o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira no início do período de preparação, Felipão foi direto.

Felipão exaltou o momento de união entre todos os jogadores 
Felipão exaltou o momento de união entre todos os jogadores

"Continua [com a mão na taça]. Os jogadores continuam com o mesmo discurso. O Parreira foi muito feliz naquelas declarações e segue tudo igual. Estamos no quinto passo. São sete", disse o treinador, referindo-se ao quinto jogo do Mundial.

Até agora, a seleção ainda não empolgou no torneio -coleciona duas vitórias e dois empates.  Hoje, a equipe nacional decide contra a Colômbia, no Castelão, uma vaga entre os quatro melhores do torneio. "Conversei com o Paulinho, e ele me garantiu que não tem problema nenhum com pressão. Eles estão acostumados", acrescentou. No sábado, os jogadores surpreenderam a comissão técnica ao chorarem em pleno gramado do Mineirão antes da decisão por pênaltis.

Felipão não escondeu o descontentamento quando foi questionado sobre um encontro com seis jornalistas na segunda-feira, dois dias depois da classificação contra os chilenos.

"Não tenho como descer para conversar com todo mundo. Tem alguns que são mais meus amigos, gosto mais, e vou fazer isso, como fazia em 2002 no Japão, sentava com sete, oito ou dez e conversava. Não pode existir ciúme de homem, pelo amor de Deus, é brabo", disse o técnico da seleção. "Sempre fiz isso. Eu vou fazer as coisas do meu jeito. Não gostou? Vai para o inferno", completou.

Thiago Silva
O capitão Thiago Silva disse que não tem "nada engasgado" para enfrentar a Colômbia. O zagueiro do Paris Saint Germain não escondeu a emoção na classificação no Mineirão e chorou várias vezes antes e depois do jogo contra os chilenos. "Não tenho nada engasgado, muito pelo contrário. Não escutei muitas coisas. É uma coisa natural esse tipo de pressão e comentário", disse Thiago Silva.

"Em termos psicológicos acho que a gente está bem. Quando a gente se entrega aquilo que ama fazer é assim. A minha descarga foi pela situação, se perde ali volta para casa. Eu me entrego de corpo e alma naquilo que faço. A equipe está muito motivada para o confronto contra a Colômbia", acrescentou.

Além de Thiago Silva, vários jogadores choraram. A reação provocou uma resposta rápida da comissão técnica, que convocou a psicóloga Regina Brandão para fazer um reforço na preparação emocional da equipe.

Segundo o zagueiro, o seu choro em Belo Horizonte não foi reprovado pela comissão técnica. "Quando essas coisas são ditas, você tem que olhar para o lado. Meu comandante [Felipão] está aqui e em nenhum momento ele contestou minha atitude", concluiu Thiago Silva.

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