O ministro da Previdência Garibaldi Filho, ainda em sua entrevista ao
Jornal de Hoje, reafirmou que não disputará o governo do Estado
novamente e pediu desculpas, ao PMDB e ao povo do Rio Grande do Norte,
por não poder atender aos apelos. Ele disse, entretanto, ter ficado
lisonjeado em ter o nome do filho, o deputado Walter Alves, lançado pela
Juventude do PMDB, como candidato a governador.
Segundo Garibaldi, há “orfandade” no PMDB quanto a candidatos, já que
ele não será candidato e tudo indica que o deputado Henrique também não
deseja ser. O ministro também abordou a chapa Walter Alves governador,
Wilma de Faria (PSB) candidata ao Senado, a qual considerou ainda muito
especulativa. Entretanto, ele antecipa “não ter nada contra a
ex-governadora”, de modo a desfazer qualquer impedimento a um
entendimento.
“Não, minha decisão (de ser candidato) não depende de pesquisa. Minha
decisão, e eu peço novamente perdão ao PMDB, que sempre me deu apoio,
que nunca me faltou, mas eu não pretendo ser candidato, e isso independe
de pesquisa”, afirmou o ministro, estendendo o pedido de desculpas
também ao povo do Estado. “Não porque eu ache que já esteja eleito.
Longe disso. Muito longe disso. É porque, assim como o partido, que
nunca me faltou, o povo do RN também nunca me faltou”, explicou o
ministro.
Sobre a candidatura de Walter Alves, o ministro se disse lisonjeado,
mas ressaltou que é cedo para o deputado estadual disputar o governo.
“Acho que é muito, como ele disse, vou repetir as palavras dele: é muito
lisonjeiro ter o partido cogitando o nome dele”, disse, ressaltando,
entretanto, o desejo do PMDB de ter candidato próprio.
“Sempre achei que há um desejo do partido de uma candidatura própria,
acrescentaria que há até certa orfandade, neste momento, porque os dois
nomes cotados são ainda o de Henrique e o meu, e parece-me que os dois –
eu sou um caso já decidido –, mas parece que os dois não estão
desejosos. Mas acho lisonjeiro, e como ontem foi o Dia dos Pais, menos
de um dia depois, dizer que meu coração de pai fica contemplado. Eu
também fico lisonjeado como pai. Mas acho que o nome dele é um nome
novo. Então, não deveria ficar assim, à disposição, para um pleito
imediato para o governo”, completou o ministro.
Quanto à chapa Walter/Wilma, Garibaldi ressaltou ainda que “é muita
especulação, conjectura”. Para o ministro, “chapa não se forma assim;
ela não cai do céu”. E o senhor soterraria antigas desavenças com Wilma
em apoio a esta chapa? “Eu não tenho desavenças. Que eu me lembro, não
tenho desavenças com ninguém. Não há um político no RN que eu não aperte
a mão, que eu não cumprimente. Eu não acredito que a política do RN
experimente esse problema. Não há inimizade, nem rancores na política do
RN. E eu muito menos alimento rancor. Não é isso, não tenho nada contra
a ex-governadora. Politicamente, porém, são outras conjecturas. Que no
momento não me cabe analisar”.
Fonte: JH
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