segunda-feira, 10 de junho de 2013

Garibaldi descarta candidatura e afirma que decisão de rompimento só em 2014

O ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), disse na manhã deste sábado que não tratou sobre uma possível candidatura dele ao governo do Estado com a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), nem com a direção nacional do PT, conforme cogitado por setores da imprensa. Ele admite, entretanto, que a cúpula do PT e o Palácio do Planalto conhecem “essas cogitações” de que, não apoiando a reeleição da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), o PMDB poderá lançar candidato próprio à sucessão estadual.
“Isso não procede, não. Da maneira, sobretudo, com foi dito, que ela (Dilma) teria diretamente me abordado sobre a possibilidade de eu ser candidato. Não procede de jeito nenhum”, disse o ministro a este Jornal de Hoje, explicando que o que existe não passa de conversas não oficiais. “O que existe (lá em Brasília) é o que existe aqui (no Estado), que termina chegando lá. São essas cogitações de que o PMDB, não apoiando mais a reeleição de Rosalba, teria a oportunidade de ter um candidato próprio. Tem essas conversas, mas não são conversas oficiais. Não trazem à baila alguma gestão de lideranças credenciadas, como o próprio presidente do PT, Rui Falcão, que também jamais me falou isso. Fica no campo dos boatos e nas conversas informações. – Olhe você é um dos nomes que poderiam ter chance de ganhar a eleição, caso a aliança seja desfeita no próximo ano – Apenas isto”, disse Garibaldi.
Ainda segundo o ministro, além de a aliança do PMDB com Rosalba continuar, agora surgiu um novo apelo, do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, no sentido de que a decisão do partido sobre 2014 aconteça apenas em janeiro do próximo ano. “Primeiro a aliança (do PMDB com Rosalba) não foi desfeita. Segundo, li ontem no Jornal de Hoje, novo apelo de Henrique para que essa decisão (sobre a posição do PMDB para as eleições do ano que vem) seja protelada até janeiro. O que há é isso. Não tem nada oficial e Dilma não está se ocupando disso (candidatura a governador) nem aqui nem alhures”.
PRAZO
Sobre o novo prazo oferecido por Henrique para que o PMDB se defina para 2014, Garibaldi disse concordar inteiramente. Primeiro porque ele (Garibaldi) não é pré-candidato a governador. Segundo, porque, por mais que fique para o próximo ano, essa decisão não impede que o partido lance um candidato a governador. “Acredito que Henrique está sendo prudente como presidente do PMDB, e vamos adiar mesmo essa discussão”, disse Garibaldi, acrescentando, em tom de brincadeira, que pelo menos até terça não poderá discordar do primo, vez que, deste sábado até lá, Henrique substitui Dilma Rousseff na Presidência da República e é, oficialmente, seu patrão. “Neste período não posso nem pensar em discordar do patrão, não é?”, brincou o ministro.
Para Garibaldi, o adiamento do prazo de decisão do PMDB não impede que o partido lance candidato próprio. “Isso é como ele (Henrique) disse: nem impede nem não impede (uma candidatura do PMDB). É o adiamento de uma reunião partidária, que desembocaria num exame da situação”, continuou o ministro, se referindo ao momento que o PMDB decidirá sobre o pleito de 2014, compreendendo-se aqui que o “exame de situação” significa a preparação para uma tomada de posição sobre as eleições do ano que vem.
Garibaldi foi enfático ao negar que seja candidato a governador. Por isso, ele sequer cogita ser contra o prazo dado por Henrique. “Eu não sou candidato, perdi um pouco a legitimidade para antecipar o debate. Se eu fosse um pré-candidato, aí eu teria autoridade para solicitar da presidência uma antecipação. Mas eu não sendo, concordo inteiramente (com o prazo)”.
Nesta sexta-feira, pelos menos dois deputados estaduais do PMDB se disseram contrários à nova data proposta por Henrique para discutir os rumos do partido. Hermano Morais e Gustavo Fernandes concluíram que as bases solicitam uma antecipação deste debate, de modo que ocorra ainda em 2013.

“Quem se preocupa com pesquisa é quem é candidato. Eu não”
“Eu não estou preocupado com pesquisas porque quem se preocupa com pesquisas são aqueles pré-candidatos. Quem é pré-candidato é que realmente se mostra ansioso”, afirmou ainda Garibaldi Filho, ao ser abordado sobre declarações recentes do deputado Henrique, afirmando que as pesquisas eleitorais de 2014 devem ter os nomes dele (Garibaldi) e da ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB).
Garibaldi diz que para seu nome constar em pesquisas independe de autorização dele. “Não depende de autorização para fazer pesquisa. Ninguém autoriza ou desautoriza. Não sou candidato, mas se alguém quiser perder tempo botando meu nome (em pesquisa). Sou muito feliz pelas pessoas ainda se lembrarem do meu nome (como candidato a governador do Rio Grande do Norte)”, afirmou.
PRESIDÊNCIA
Ao abordar a posse de Henrique na Presidência da República, substituindo a presidente Dilma Rousseff até terça-feira, o ministro Garibaldi disse tratar-se de um fato “muito honroso e feliz para o Rio Grande do Norte, depois de Café Filho, ter Henrique assumindo a Presidência da República”. Segundo o ministro, “isso lembra o início da carreira política quando, ainda dois meninos, despontávamos para a política, e hoje, um assume a Presidência da República, na qualidade de presidente da Câmara, e o outro é ministro”.
Sobre o projeto eleitoral do deputado estadual Walter Alves (PMDB), líder do PMDB na Assembleia Legislativa, em 2014 – até recentemente cogitado para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados -, Garibaldi acha que vai ser disputar novamente uma cadeira de deputado estadual. “Acho que vai ser candidato a deputado estadual, novamente, mas isso aí você conversa com ele. Pai falar de filho, se fosse pelo menos calouro, mas já é deputado, candidato à reeleição, você deve procurar ele”, disse o ministro.
Sobre o Conselho Político do governo Rosalba Ciarlini, constituído no início da gestão Rosalba Ciarlini para compartilhar decisões, Garibaldi disse que este “acabou”. Ele diz que não foi convidado há muito tempo para participar de reuniões. “Acabou. Que eu saiba acabou. Pelo menos eu não fui convidado mais para nenhuma reunião”, concluiu.

Fonte:jornaldehoje 

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