domingo, 12 de maio de 2013

Renda de mães que trabalham cresce 83% em dez anos

Estudo do Data Popular revela que nos últimos dez anos a massa de renda das mães brasileiras cresceu de R$ 446,3 bilhões para R$ 818,6 bi.

A massa da renda das mães que trabalham cresceu 83% nos últimos dez anos, um salto de R$ 446,3 bilhões para R$ 818,6 bilhões. A conclusão é de pesquisa do Instituto Data Popular realizada a partir de dados de 415 mães trabalhadoras da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e do Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF ), ambas do IBGE, e divulgada na tarde de ontem.
O crescimento da massa de renda desde 2003 foi bem superior ao de número de mães, que subiu 11,7%. Ou seja, as trabalhadoras tiveram uma melhoria real na sua renda. No mesmo período, a população cresceu 14%.
Segundo o Instituto Data Popular, o crescimento da massa da renda foi possível porque elas também foram absorvidas pelo mercado de trabalho.
Outro efeito dessa evolução é a ampliação do acesso ao crédito, com a obtenção de linhas de financiamento, abertura de contas correntes e poupanças. Calcula-se que cerca de 38,6 milhões de cartões de crédito estejam na mão destas trabalhadoras.
Jornada Dupla
O outro lado desse crescimento é o aumento no número de atribuições que as mães trabalhadoras precisam dar conta. Hoje, muitas precisam fazer jornada dupla.
“O presente ideal neste Dia das Mães seria o de ter mais tempo livre para cuidar de si mesma e descansar”, diz Renato Meirelles, sócio e diretor do instituto.
A maioria das mulheres entrevistadas - 55,2% - afirmaram contar com ajuda de alguém para cuidar dos filhos. O restante, 44,8%, dizem não ter qualquer apoio.
A principal ajuda vem das mães (34,2%) das trabalhadoras e dos maridos (32,6%). Sogras e filhas vêm em seguida, com 8,9% e 7,9% respectivamente.
Das entrevistadas, apenas 6,2% disseram poder contar com uma babá nesta tarefa e 4,4% com uma empregada doméstica.
Entre as mulheres casadas, 53% disseram não contar com a ajuda dos maridos. O apoio da mãe é o mais importante para 60% das solteiras e viúvas e 70,1% das divorciadas.

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