quarta-feira, 24 de abril de 2013

25 mil homens vigiarão fronteiras do país em operação para Copa das Confederações

O Ministério da Defesa enviará 25 mil homens para fazer a segurança das fronteiras terrestres do país em operação ligada à segurança da Copa das Confederações. A expectativa é que aproximadamente seis milhões de brasileiros que vivem próximo às fronteiras sejam afetados pela ação.
Arquivo TNA operação Ágata 7 contará com 25 mil homens na fronteira do Brasil com outros dez paísesA operação Ágata 7 contará com 25 mil homens na fronteira do Brasil com outros dez países

Chamada de Ágata 7, a operação será a maior ação militar do governo Dilma Rousseff direcionada à segurança pública, considerando tanto o número de participantes quanto de equipamentos e área de abrangência. A Ágata 7 também irá superar todas as operações realizadas desde a criação do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas em 2009, com o objetivo de integrar e coordenar ações da Marinha, Aeronáutica e Exército.

De acordo com o brigadeiro Ricardo Machado Vieira, chefe de operações conjuntas do Ministério da Defesa, a área de abrangência dessa ação corresponde a 16.886 quilômetros de fronteira com dez países. Ele afirma que essa será a maior operação feita, já que as demais realizadas cobriam apenas pedaços da fronteira.

Anunciada ontem (23) pela presidente Dilma, a operação Ágata 7 unirá, pela primeira vez, os comandos militares da Amazônia e das regiões Oeste e Sul. "Mas não vamos ter um homem a cada cem metros", disse o chefe de operações, lembrando que os locais mais críticos já foram identificados. Apesar de as localidades específicos não terem sido revelados, os pontos de maior concentração de tropas devem ser Tabatinga, no Amazonas; Assis Brasil, no Acre; Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul; e Foz do Iguaçu, no Paraná.

Os principais meios de transporte desses 25 mil homens para as regiões de acessos mais difíceis devem ser os helicópteros Black Hawk, Pantera, Cougar e Esquilo. Também devem ser utilizados os caças Super Tucano da Aeronáutica para interceptar aviões suspeitos. Além disso, embarcações da Marinha devem interditar os principais rios que cruzam as fronteiras brasileiras e o Exército ocupará as estradas de acesso ao país.

Combate à criminalidade

O objetivo da operação é combater atividades criminosas diversas. Foram citados como exemplo o combate ao garimpo irregular na fronteira com as Guianas; combater pistas irregulares além do tráfico de drogas na região do Amazonas; e evitar contrabando de armas e mercadorias pelo Oeste e Sul.

Segundo o chefe de operações conjuntas do Ministério da Defesa, não existe um tipo de crime específico a ser combatido. De acordo com o brigadeiro Ricardo Vieira, em outras operações semelhantes, após a saída das tropas das fronteiras a Polícia e a Receita Federal entram com ações de combates a crimes específicos.

A data certa da ação não foi anunciada, apenas que deve ter início neste mês de maio e durar, aproximadamente, três semanas, terminando antes da Copa das Confederações, que ocorre de 15 a 30 de junho.

A operação

A operação Ágata, que teve início em 2011 para dar reforço militar às fronteiras brasileiras, fará sua sétima edição. As demais anteriores costumaram ocorrer em regiões específicas do país. A última, no fim de 2012, levou 12 mil militares aos estados de Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, e Acre.

As apreensões de edições anteriores somaram mais de 750 veículos e 12 toneladas de drogas. Militares aproveitam a presença nas regiões mais remotas e oferecem tratamento médico e odontológico, chegando a atender cerca de 63 mil pessoas em anos anteriores.

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