quarta-feira, 18 de julho de 2012

PF incinera uma tonelada de drogas

Cidades

APolícia Federal realizou na manhã de ontem uma das maiores incinerações de substâncias entorpecentes apreendidas no Rio Grande do Norte. A Justiça autorizou a incineração de mais de uma tonelada de drogas, apreendidas entre 2010 e 2012, em um alto-forno de uma empresa de tratamento de resíduos, situada no Distrito Industrial de São Gonçalo do Amarante, região da Grande Natal. Foram destruídos 953 quilos de maconha, 144 quilos de cocaína e seis quilos de ecstasy, além de uma pequena quantidade de crack e haxixe. O material foi apreendido em Natal, Parnamirim, São José do Mipibu, Extremoz, Nísia Floresta e Caicó.


Drogas foram apreendidas durante operações na Grande Natal. Fotos: Fábio Cortez/DN/D.A Press
Segundo Christian Gomes, chefe de investigações da Delegacia de Repressões a Droga (DRE), a droga apreendida vem principalmente da Colômbia, Bolívia e, atualmente, do Peru.  "Nós temos o tráfico internacional, através dos aeroportos, e o tráfico interestadual, em que a maconha e a cocaína migram para as fronteiras dos estados intermediários até chegar aqui. ENatal serve mais uma vez de passagem e também de consumo", explicou.

O superintendente da PF no RN, Marcelo Mosele, ressaltou a atuação da Polícia Federal na repressão ao tráfico. "Já que a Polícia Federal está presentes em vários pontos do país, América do Sul e América Latina, nós trabalhamos com a inteligência, e não com a sorte. Por isso a PF é a polícia que apreende mais drogas do que todas as outras no país, e uma das que mais apreende drogas no mundo".

De acordo com o representante da subcoordenadoria de Vigilância Sanitária (Sufisa), Kerginaldo Bezerra Cavalcante, o incinerador industrial é a melhor forma de não deixar resíduos. "A incineração anteriormente era feita com o forno usado para fabricar cerâmicas no interior, o que acabava deixando muitos resíduos. Por isso hoje usamos o incinerador industrial, também usado para a queima de lixo hospitalar de todo o estado, que atinge uma temperatura de 1.000 °C e quase não deixa detritos", contou.

Além do chefe da DRE, estavam presentes na queima das drogas o superintendente Regional da PF, Marcelo Mosele, e representantes da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado (DRCOR), Ministério Público Estadual e Federal, além da Vigilância Sanitária.


Incinerador industrial foi utilizado para não deixar resíduos das drogas.

Fonte: Diario de Natal

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