segunda-feira, 4 de julho de 2016

PF deflagra a Operação Abismo


POLICIA FEDERAL
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (4/7) a 31ª fase da Operação Lava-Jato para cumprir mandados judiciais para apurar mais desvios na Petrobras com repasse de recursos ao PT, desta vez em contratação em setores da estatal, com o centro de pesquisas (Cenpes). A ação, batizada pela de “Abismo”, trata um “contexto amplo de sistemático prejuízo financeiro imposto à Petrobras”. Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), é alvo do mandado de prisão preventiva e outro de busca e apreensão, mas ele já estava preso pela Operação Custo Brasil, que investiga desvios em sistema de empréstimo consignado no Ministério do Planejamento em favor do partido e do ex-ministro Paulo Bernardo.

Cerca de 110 policiais foram às ruas de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo para cumprir 35 mandados expedidos pelo juíza da 13 aVara Federal de Curitiba, Sérgio Moro. Um deles é o da prisão preventiva de Ferreira, mas há também quatro ordens de prisão temporária por cinco dias, sete de condução coercitiva –quando a pessoa é levada de maneira forçada à delegacia para ser isolada dos demais investigados e pode prestar um depoimento se quiser – e 23 de busca e apreensão de documentos. Vinte Servidores da Receita Federal auxiliam os trabalhos de hoje.

Segundo a Polícia Federal, a operação “Abismo” apura fraude em licitação e pagamento de propinas a servidores da Petrobras e a partidos políticos. Um projetos que foi usado para isso foi a reforma Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), que funciona na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro. Os investigados responderão por corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação no caso. Os alvos de prisão e os documentos apreendidos serão levados para a Superintendência da PF em Curitiba. A pessoas com mandados de condução coercitiva serão ouvidas na delegacia da polícia mais próxima.

O nome “Abismo” é uma referência às técnicas de exploração de petróleo em águas profundas desenvolvidas pelo Cenpes e à “demonstração que esquemas como estes identificados levaram a empresa aos recantos mais profundos da corrupção e da malversação do dinheiro público”.

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