A Polícia Federal deflagrou nesta
segunda-feira (4/7) a 31ª fase da Operação Lava-Jato para cumprir
mandados judiciais para apurar mais desvios na Petrobras com repasse de
recursos ao PT, desta vez em contratação em setores da estatal, com o
centro de pesquisas (Cenpes). A ação, batizada pela de “Abismo”, trata
um “contexto amplo de sistemático prejuízo financeiro imposto à
Petrobras”. Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores
(PT), é alvo do mandado de prisão preventiva e outro de busca e
apreensão, mas ele já estava preso pela Operação Custo Brasil, que
investiga desvios em sistema de empréstimo consignado no Ministério do
Planejamento em favor do partido e do ex-ministro Paulo Bernardo.
Cerca de 110 policiais foram às ruas de
Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo para cumprir 35 mandados expedidos
pelo juíza da 13 aVara Federal de Curitiba, Sérgio Moro. Um deles é o da
prisão preventiva de Ferreira, mas há também quatro ordens de prisão
temporária por cinco dias, sete de condução coercitiva –quando a pessoa é
levada de maneira forçada à delegacia para ser isolada dos demais
investigados e pode prestar um depoimento se quiser – e 23 de busca e
apreensão de documentos. Vinte Servidores da Receita Federal auxiliam os
trabalhos de hoje.
Segundo a Polícia Federal, a operação
“Abismo” apura fraude em licitação e pagamento de propinas a servidores
da Petrobras e a partidos políticos. Um projetos que foi usado para isso
foi a reforma Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), que funciona
na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro. Os investigados responderão por
corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação no caso. Os alvos de
prisão e os documentos apreendidos serão levados para a
Superintendência da PF em Curitiba. A pessoas com mandados de condução
coercitiva serão ouvidas na delegacia da polícia mais próxima.
O nome “Abismo” é uma referência às
técnicas de exploração de petróleo em águas profundas desenvolvidas pelo
Cenpes e à “demonstração que esquemas como estes identificados levaram a
empresa aos recantos mais profundos da corrupção e da malversação do
dinheiro público”.
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