O ex-presidente da Transpetro, Sérgio
Machado, um dos delatores da Operação Lava Jato, fechou acordo de
delação premiada e citou cinco políticos do Rio Grande do Norte na lista
de doações: Henrique Alves (PMDB), Garibaldi Alves Filho (PMDB), Walter
Alves (PMDB), José Agripino Maia (DEM) e Felipe Maia (DEM).
A lista ainda destaca os nomes de outros
políticos de diferentes partidos, entre eles o deputado Heráclito
Fortes (PSB-PI), o ex-senador Sérgio Guerra (PSDB-PE, morto em 2014),
Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), José Sarney (PMDB-AP),
também os parlamentares e ex-parlamentares Cândido Vaccarezza (PT-SP),
Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Luiz Sérgio (PT-RJ), Edson Santos (PT-RJ),
Francisco Dornelles (PP-RJ), Ideli Salvatti (PT-SC), Jorge Bittar
(PT-RJ) e Valdir Raupp (PMDB-RO).
Sérgio Machado afirmou também que o
presidente interino Michel Temer negociou com ele o repasse de R$ 1,5
milhão de propina para a campanha de Gabriel Chalita (ex-PMDB) à
Prefeitura de São Paulo, em 2012.
Machado afirmou que o acerto do repasse
ocorreu em setembro daquele ano e foi pago por meio de doação eleitoral
pela empreiteira Queiroz Galvão, contratada da Transpetro. Segundo o
delator, Temer pediu ajuda porque a campanha de Chalita estava com
dificuldades financeiras. A conversa teria ocorrido numa sala reservada
da base aérea de Brasília.
“Michel Temer então disse que estava com
problema no financiamento da candidatura do Chalita e perguntou se o
depoente poderia ajudar; então o depoente disse que faria um repasse
através de uma doação oficial”, diz o documento de sua delação.
No acordo de delação, a
Procuradoria-Geral da República (PGR) acertou que Machado não poderá ser
condenado a mais de 20 de anos nas ações criminais às quais deverá
responder pelos desvios na estatal. Além disso, o delator cumprirá pena
em regime domiciliar, com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
*Com informações de Agências
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