O juiz federal Sérgio Moro aceitou
denúncia nesta quinta-feira (9) contra Cláudia Cordeiro Cruz, mulher do
presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha, o empresário português
Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira, o lobista João Augusto Rezende
Henriques, e o ex-diretor da area Internacional da Petrobras Jorge Luiz
Zelada em um processo oriundo da Operação Lava Jato. Com isso, eles se
tornam réus no processo.
De acordo com as investigações, Cláudia
Cruz se favoreceu, por meio de contas na Suíça, de parte de valores de
uma propina de cerca de US$ 1,5 milhão recebida pelo marido.
Em nota à impresa, o deputado Eduardo
Cunha afirma que as contas de Cláudia no exterior estavam “dentro das
normas da legislação brasileira”, que foram declaradas às autoridades e
que não foram abastecidas por recursos ilícitos.
Segundo o Ministério Público Federal
(MPF), Cláudia tinha plena consciência dos crimes que praticava e é a
única controladora da conta em nome da offshore Köpek, na Suíça, por
meio da qual pagou despesas de cartão de crédito no exterior em um
montante superior a US$ 1 milhão num prazo de sete anos, entre 2008 e
2014.
As investigações apontam que o valor é totalmente incompatível com os salários e o patrimônio lícito de seu marido.
Os recursos na conta de Cláudia Cruz
foram utilizados, por exemplo, para pagar compras de luxo feitas com
cartões de crédito no exterior de artigos de grife como bolsas, sapatos e
roupas, ainda conforme o MPF. As contas de Cunha escondidas no
exterior, ainda de acordo com o MPF, eram utilizadas para receber e
movimentar propinas, que eram produtos de crimes contra a administração
pública praticados por ele.
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