O Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão informou nesta terça-feira (14) que o impacto do reajuste dos
servidores, já aprovado pela Câmara dos Deputados, é na realidade de R$
67,7 bilhões entre os anos de 2016 e 2018. Com isso, o governo está
corrigindo informação divulgada anteriormente de que o efeito desses
reajustes seria de R$ 52,9 bilhões nestes três anos.
O acordo para aprovação dos projetos na
Câmara dos Deputados teve o aval do Palácio do Planalto, segundo
informou o colunista Gerson Camarotti. Para ter validade, os projetos
ainda precisam ser aprovados pelo Senado Federal. Esses reajustes foram
aprovados no momento em quem o governo registra forte crise nas contas
públicas. A estimativa é de que o rombo fiscal poderá atingir a marca
dos R$ 170,5 bilhões neste ano.
O Ministério do Planejamento corrigiu o
valor após questionamento do jornal “Valor Econômico” sobre a tabela com
o impacto dos reajustes. De acordo com a publicação, o cálculo foi
feito pelo governo sem considerar que o reajuste concedido neste ano,
com validade apenas a partir de agosto, teria um efeito pleno em 2017,
ou seja, anualizado. Além disso, sobre os salários reajustados com o
percentual concedido em 2016 incidiria um novo reajuste de 5% a partir
de 1º de janeiro e outro em 2018, informou o jornal.
Na resposta que encaminhou ao “Valor”, a
pasta admitiu que os valores divulgados no dia 2 de junho, data da
aprovação do texto pelo Congresso, “estavam subestimados”. “Houve erro
técnico na apuração dos impactos decorrentes dos reajustes concedidos no
período 2017-2018”, informou o ministério.
Segundo o “Valor Econômico”, o
Planejamento disse ao jornal que o erro foi cometido porque “as
informações divulgadas deixaram de computar parte do efeito das
anualizações dos reajustes concedidos nos anos anteriores”.
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