Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Ezequiel Ferreira,
do PMDB, se disse “surpreso” com a denúncia oferecida pelo Ministério
Público do RN contra ele, por corrupção passiva e envolvimento na
Operação Sinal Fechado. Em nota enviada a imprensa, o deputado
peemedebista afirmou que espera a “improcedência da denúncia”.
“Sobre as denúncias apresentadas na tarde desta sexta-feira pelo
Ministério Público do Rio Grande do Norte, o deputado estadual Ezequiel
Ferreira de Souza, em respeito a opinião pública e ciente de sua
idoneidade, informa que não foi comunicado oficialmente sobre os novos
fatos da investigação”, afirmou ele no início da curta nota.
“Quando ouvido anteriormente, prestou todos os esclarecimentos aos
agentes do Ministério Público responsáveis pelos trabalhos
investigatórios. Por isso, recebeu com surpresa a notícia do
oferecimento da denúncia e esclarece por fim que confia na Justiça e
manifesta improcedência da denúncia”, finalizou o parlamentar, que
enquanto o procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, concedia uma
entrevista coletiva para falar sobre o caso, participava normalmente da
sessão ordinária na Assembleia Legislativa.
Essa, vale lembrar, não é a primeira vez que Ezequiel Ferreira é
envolvido na Operação Sinal Fechado. Em 2012, o parlamentar foi citado
em outro depoimento, de mesmo teor: a cobrança de R$ 350 mil para
agilizar a tramitação do projeto que instituia a inspeção veicular no
Rio Grande do Norte.
Na época, Ezequiel Ferreira também negou qualquer participação e
disse que era absurda a denúncia, uma vez que ele era apenas “um
deputado” e a Assembleia aprovou a matéria com 22 votos favoráveis.
Hoje, além da denúncia, o Ministério Público do RN afirma ter também
provas documentais contra ele.
A denúncia contra Ezequiel Ferreira será analisada pelo Tribunal de
Justiça do RN e, se condenado, Ezequiel ficará inelegível, porém, perder
o mandato de deputado estadual somente com trânsito em julgado. Até lá,
Ezequiel seguirá na Assembleia, uma vez que o MP ainda não pediu o
afastamento do parlamentar do trabalho legislativo, o que poderá
ocorrer, quando o TJRN acatar a denúncia.
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