Uma equipe de fiscalização do
Ibama apreendeu na manhã desta sexta-feira (21/06) 32 pássaros
silvestres numa residência em Touros, a 90 km de Natal (RN). Entre as
aves havia azulões, galos-de-campina, caboclinhos e papa-capins. O
proprietário da residência quis resistir à fiscalização e foi conduzido à
delegacia de polícia do município. Ele foi autuado em R$ 16 mil pela
posse ilegal dos animais e outros R$ 3 mil por dificultar a ação
fiscalizatória.
Segundo os agentes ambientais
federais que participaram da ação, os pássaros estavam distribuídos por
toda a casa, inclusive nos quartos e no banheiro. Como o estado de saúde
da maioria é bom e nenhuma das espécies é ameaçada de extinção, poderão
ser devolvidos à natureza rapidamente. As exceções são um tiziu, que
não tem uma das asas, provavelmente amputada pelo manejo ou captura
incorretos e um sibite, que está com as pontas das penas aparadas. O
sibite poderá ser solto assim que as penas crescerem novamente. Já o
tiziu deverá permanecer para sempre em cativeiro.
O autuado tem 20 dias para
apresentar defesa ao Ibama. Todavia, como manter aves sem licença é
crime, deverá responder a um processo na justiça e, se condenado, poderá
pegar um ano de detenção. Já a pena por dificultar a ação do Ibama pode
chegar a três anos de detenção.
O Ibama alerta: a manutenção de
animais silvestres em cativeiro causa prejuízos incalculáveis à
natureza. As aves são os principais responsáveis pela dispersão de
sementes e, por isso, são as grandes mantenedoras das florestas, tanto
no litoral quanto no interior. Matar, caçar ou aprisionar aves e outros
animais silvestres, além de ser crime e acarretar pesadas multas,
provocam danos nos ecossistemas e afetam até a vida humana.
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