O Jornal de Hoje
questionou por que a prefeita de Mossoró, Cláudia Regina (DEM), e o
vice, Wellington Filho (PMDB), seriam responsabilizados com a perda dos
diplomas se as práticas irregulares não foram deles e sim da governadora
do Estado, Rosalba Ciarlini (também DEM), e da Prefeitura de Mossoró
(na época gerida por Fafá Rosado)? É com esse argumento que os advogados
de Cláudia e Wellington esperam reverter no Tribunal Regional Eleitoral
(TRE) a cassação sofrida pelos dois em primeira instância. E foi por
causa desse argumento que o juiz relator, Verlano Medeiros, decidiu
cobrar de Rosalba explicações, dentro de 10 dias, sobre as
irregularidades apresentadas na petição inicial de um recurso contra
expedição do diploma (RCED) ingressado também na principal corte
eleitoral do RN.
Afinal, no dia seguinte a divulgação da sentença que condenou Cláudia
Regina e Wellington Filho, proferida pelo juiz Herval Sampaio, da 33ª
zona eleitoral, os advogados deles concederam entrevista coletiva para
dizer que não tinha como os dois serem prejudicados por ações
supostamente irregulares praticadas, exclusivamente, por Rosalba
Ciarlini. Isso, inclusive, foi um dos temas do embargo de declaração que
a defesa dos cassados ingressou ainda na segunda-feira, para suspender a
decisão.
“É importante esclarecer a questão do nexo causal entre os atos da
governadora e as ações do Governo do Estado que resultaram em prejuízos à
Cláudia Regina e à Wellington Filho. No próprio texto, o juiz não citou
uma só atitude irregular da prefeita, então, não tinha porque ela ser
punida por uma ação de outra pessoa”, afirmou, na época, o advogado
Kennedy Diógenes, que defende Wellington Filho, vice de Cláudia. Emanoel
Antas e Humberto Fernandes são os advogados de Cláudia Regina.
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