A promotora de Justiça da Comarca de Campo Grande, Beatriz Azevedo de Oliveira, instaurou inquérito civil para apurar “possível improbidade administrativa na contratação da empresa Bonacci Engenharia e Comércio Ltda. pelo Município de Campo Grande/RN para construção da Praça da Criança”.
A decisão está publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (17) e está ligada a denúncias, publicadas na Imprensa, sobre um suposto esquema de favorecimento à empresa, que pertence ao ex-assessor do deputado, Aluizio Dutra de Almeida.
A promotora requisita ao prefeito de Campo Grande, no prazo de 10 dias úteis, cópia integral do procedimento de licitação, contratação e pagamento para a construção de obras da Praça da Criança, em Campo Grande. E à Junta Comercial do Rio Grande do Norte (Jucern), no mesmo prazo, pede dados sobre a situação da Bonacci Engenharia e Comércio Ltda., com cópia do respectivo ato constitutivo e eventuais alterações societárias.
Denúncias
Aluízio Dutra de Almeida, assessor de Alves até o último final de semana, é sócio da construtora Bonacci, que recebeu dinheiro por meio de emendas parlamentares indicadas pelo próprio deputado. Nesta segunda (14), o ex-assessor pediu demissão. Outro sócio da construtora é Fernando Leitão, irmão do deputado estadual Hermano Moraes, vice-presidente do PMDB-RN e candidato do partido à Prefeitura de Natal em 2012.
Pelo menos três prefeituras do Rio Grande do Norte contrataram a empresa por meio de emendas apresentadas pelo deputado peemedebista ao Orçamento Geral da União. O Departamento Nacional de Obras contra as Secas, controlado por Alves, repassou mais R$ 1,2 milhão para a Bonacci Engenharia por meio de convênios com prefeituras. Almeida é também tesoureiro do PMDB do Rio Grande do Norte, cujo presidente é o deputado peemedebista.
Outro lado
Henrique disse nesta quarta-feira (16), em Belo Horizonte, que "os questionamentos" sobre as denúncias que envolvem seu ex-assessor são "normais" e não devem afetar sua candidatura à presidência da Câmara. "Não considero denúncias, mas questionamentos normais. Uma pessoa que tem o tempo de vida pública que eu tenho, eu considero questionamentos normais que nós temos o dever de explicar, que nos compete encarar com naturalidade, e as explicações eu já dei", disse Alves.
"Se eu for somar aqui o número de emendas dos últimos dez anos, de convênios, que eu já carreei para meu estado, daria umas 1.000. Quando eu somo o número de valores que eu consegui corretamente carrear para o meu estado, seriam milhões. Por isso eu acho que não é denúncia, é questionamento, que da minha parte eu esclareci. Portanto, esse assunto está resolvido".
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