Política
Prefeito de Ielmo Marinho foi condenado a oito anos e dois meses por homicídio. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press |
A tese da promotoria convenceu os desembargadores do Tribunal de Justiça, que decidiram pela condenação por unanimidade. Dos 15 desembargadores, dozeestavam presentes. A condenação por homicídio comum foi aceita porque o prefeito de Ielmo Marinho assumiu o risco de matar, ao dirigir sob efeito de álcool. O julgamento ocorreu ontem, durante sessão extraordinária do Pleno do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. A relatora, desembargadora Zeneide Bezerra, votou pela condenação por homicídio simples. Ela também estabeleceu a pena do acusado.
Os outros membros do TJ acompanharam o voto de Zeneide: a juíza convocada e revisora do processo, Tatiana Socoloski, os juízes convocados Assis Brasil e Arthur Cortez e os desembargadores Amaury Moura, Expedito Ferreira, João Rebouças, Sulamita Pacheco, Amilcar Maia e Dilermando Mota, que vaticinou: "concordo integralmente com a relatora".
Por fim, votou o desembargador Virgílio Macêdo, também acompanhando o voto da relatora. Os desembargadores Cláudio Santos, Aderson Silvino e Vivaldo Pinheiro não estiveram na sessão extraordinária do pleno. Vivaldo está afastado por motivo de doença.
Estratégias do julgamento
No julgamento em que foi condenado, o prefeito Germano Patriota estava sentado na primeira fila, acompanhando os votos. A defesa dele tentava comprovar o contrário do que dizia a acusação, que o prefeito não estava dirigindo o próprio carro durante o acidente, e sim um funcionário da equipe de segurança dele.
Os advogados de defesa tentaram desqualificar as acusações. Disseram que a culpa pelo acidente foi da vítima, que teria atravessado o sinal vermelho. Regina Coelli de Albuquerque, a assistente social que foi morta no acidente, também estaria alcoolizada porque teria comemorado aniversário na véspera do acidente.
O acidente aconteceu no dia 6 de outubro de 2004, no cruzamento da rua Ceará-Mirim com Afonso Pena, logo após o resultado da primeira eleição de Germano Patriota para a prefeitura de Ielmo Marinho, região metropolitana de Natal. Para o Ministério Público, o prefeito havia bebido para comemorar o resultado da votação. O promotor José Hindemburgo Nogueira disse que o prefeito dirigia "embriagado, em alta velocidade e cortou o sinal". Ele também lembrou que Germano Patriota tinha antecedentes criminais.
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