O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse
hoje (14) que não vê fundamento para abertura de um processo de
impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Segundo ele, a questão
não é política, mas jurídica.
“Para protocolar algo [há] que ter fundamento jurídico. O impeachment não é um processo politico”, afirmou.
Cunha
ainda disse que a Câmara vai concluir até no máximo amanhã (15), a
votação do projeto que regulamenta a terceirização (PL 4.330/2004). O
texto continua na pauta da Casa e a expectativa é que os deputados
votem ainda hoje as emendas e destaques apresentados ao texto.
O
presidente da Câmara explicou que vai manter o projeto como único item
da pauta até “esgotar o assunto. Em última instância faz uma [votação]
nominal atrás da outra”, garantiu.
A matéria foi o centro de uma
reunião na manhã de hoje entre o vice-presidente Michel Temer, o
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o secretário da Receita Jorge Rachid e
o deputado Arthur Maia (SDD/BA), relator do projeto que regulamenta a
terceirização.
“Está prestes [a realização do] acordo. Tudo está
mais ou menos consolidado e há divergência só de controle. Há o
convencimento de que [o acordo] não vai aumentar alíquota mas também não
vai permitir que o governo possa ter qualquer tipo de perda”, afirmou
Cunha.
De outro lado, centrais sindicais se organizam para
protestar contra o texto e prometem novas manifestações hoje (14) em
todo o país. Para amanhã (15), as representações anunciaram um dia
nacional de paralisação.
Agência Brasil
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