O empresário José Romildo da Cunha, investigado na operação Máscara Negra, teria recebido quase R$ 3 milhões da Prefeitura de Macau por serviços em 2008, 2010, 2011 e 2012. Os trabalhos seriam referentes à disponibilização de estrutura e contratação de banda agenciada pelo empresário. Para conseguir os contratos, José Romildo teria utilizado outras empresas, inclusive a de um filho.
De acordo com o MP, José Romildo utilizou, através de procuração, as empresas Micheline Silva Marques e Ranielson Guimarães da Cunha-ME, além da própria empresa, a JR da Cunha-ME, para faturar R$ 2.945.120,00 via contratações diretas, com inexibilidade de licitação.
Em depoimento, o filho de José Romildo, Ranielson Guimarães, disse que não recebeu qualquer valor referente aos pagamentos. A empresa de propriedade do filho de José Romildo, na verdade, tinha como atividade a prestação de serviço de provedor de internet.
"É de fácil percepção que o investigado José Romildo da Cunha se utiliza de várias empresas para a participação nos diversos eventos do Município. Ademais, outro ponto de extrema relevância é que o empresário, como elucidado, não é o representante exclusivo das atrações por ele intermediadas, porém foi reiteradamente contratado por inexigibilidade de licitação", disse o MP na denúncia.
Outra questão levantada pelo MP foi a presença contínua da banda Kabaço Molhado nos eventos realizados pela Prefeitura. A banda, "embora sem qualquer reconhecimento nacional", teria sido contratada por expressivos valores entre 2008 e 2012.
De acordo com o MP, a banda teria recebido R$ 308 mil da Prefeitura de Macau, entre 2008 e 2012, por 14 shows, sendo que, no carnaval de 2012, o grupo teria recebido R$ 150 mil por seis shows.
Fonte:Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário