A mãe e a irmã da fisiculturista Fabiana Caggiano Paes, morta no último dia 2, após passar cinco dias em coma induzido em um hospital particular de Natal, prestaram depoimento ontem. Elas foram ouvidas em uma delegacia de São Paulo, onde moram, e entregaram o celular da vítima, onde constavam mensagens de texto que apontam o descontentamento da atleta com o marido, principal suspeito de provocado a morte da mulher.
Conforme as mensagens, Fabiana se mostra inconformada com a situação enfrentada no relacionamento com o esposo, o empresário Alexandre Furtado Paes. Uma das suspeitas é que ele tenha arranjado uma amante e que essa outra estaria minando o casamento dos dois. Para a polícia, esse fato pode ter motivado uma discussão entre o casal e culminado com a morte da atleta, que também era nutricionista.
Segundo o delegado designado em caráter especial para investigar o caso, Frank Albuquerque, o exame preliminar de corpo de delito mostrou que Alexandre Furtado Paes apresentava escoriações recentes nos braços e pescoço. Mas, apesar disso, ele afirmou que somente um exame mais detalhado, completo, pode informar se as marcas foram feitas por estilhaços e cacos de vidro ou pela própria Fabiana, ao tentar se defender de uma agressão.
“Vamos aguardar o resultado dos exames solicitados para podermos ter uma posição legal sobre o assunto, já que ele irá revelar se as escoriações foram provocadas mesmo pelo vidro do box ou por unhas, por exemplo. Estou aguardando ainda a Polícia de São Paulo localizar o endereço de mais duas testemunhas para intimá-las e colher o depoimento delas também”, explicou o delegado.
Além disso, Frank Albuquerque espera ainda os laudos complementares feitos pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia do Rio Grande do Norte (Itep/RN), e que podem revelar se Fabiana Caggiano Paes morreu de causas naturais ou se foi assassinada. Entre os exames, estão o necroscópico, toxicológico e o feito com a substância luminol, para detectar vestígios de sangue no apartamento onde a atleta e seu marido estavam hospedados em Natal.
Preliminarmente, a autópsia no corpo da fisiculturista indicou que ela morreu após sofrer asfixia mecânica, tendo sido, possivelmente, morta por estrangulamento. Havia marcas no pescoço e pulmões da atleta, que foram detectadas pelo médico legista do Itep/RN e pela equipe que a atendeu no hospital, enquanto ela ficou internada, em Natal. O corpo de Fabiana foi enterrado no último dia 5, no município de Jandaíra, em São Paulo.
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