A direção regional do Senai revela que hoje 54% das matrículas, incluindo as pagas, estão concentradas em Mossoró devido à demanda da área de petróleo e gás natural. Foto: Petrobras/Divulgacao |
Entidades como o Senac e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/RN) já investiam na qualificação gratuita, porém, um grande impulso vem sendo dado na área após o lançamento do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). No Rio Grande do Norte o projeto do governo federal envolve ainda o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN) e a Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ). Se contabilizadas as vagas desde o início do programa federal, lançado no segundo semestre do ano passado, serão mais de 12 mil vagas ofertadas até o fim de 2012.
Senac e Senai também possuem seus próprios programas de gratuidade, nos quais são oferecidas outras milhares de oportunidades para pessoas de baixa renda se qualificarem. "O público é de pessoas carentes que não têm condição de financiar o curso", explica a gerente de Educação do Senai/RN, Simone Oliveira. Mesmo com o custo zero, as instituições garantem que a qualidade em nada difere do conteúdo ofertado e material didático distribuído para o público pagante. "O aluno chega para disputar no mercado na mesma condição do pagante", completa o diretor regional do Senac/RN.
Mercado de trabalho
Helder Cavalcanti avalia que a área de qualificação passa por uma situação inusitada no Brasil. Com a demanda por mão de obra aquecida, a capacitação tem se transformado em oportunidades rapidamente. "Para quem estána nossa sala de aula, a perspectiva de entrar no mercado é imediata", afirma. A demanda das empresas por pessoal capacitado faz com que muitos assumam vagas antes mesmo de concluírem seus cursos. "O cliente de hoje é mais exigente e a própria economia exige essa qualificação", conclui Cavalcanti.
O diretor regional do Senai/RN, Afonso Avelino Dantas, destaca que a preparação credencia os alunos a assumirem de maneira imediata funções em empresas, colocando a "mão na massa" durante os cursos. "Formamos turmas pequenas e praticamente todos alunos têm uma grande atividade prática", explica. Afonso Avelino conta que hoje 54% das matrículas, incluindo as pagas, estão concentradas na cidade de Mossoró devido à demanda da área de petróleo e gás natural.
A gerente de Educação do Senai/RN, Simone Oliveira, pondera que as entidades não podem dar a garantia de que o aluno vai conseguir emprego após concluir o curso. "O que temos de garantia é que ele vai sair qualificado, o que permitirá a ele uma inserção no mercadoou a condição de ter o próprio negócio", ressalta. Além disso, as instituições de ensino mantêm um acompanhamento sobre os rumos dos egressos.
Simone explica que, além da empregabilidade, também é avaliada se a ocupação escolhida condiz com o curso que foi feito."Ele fez o curso de costureiro industrial em tecido plano, mas está trabalhando como auxiliar administrativo. Não era o foco", cita. Da mesma forma é feito no Senac/RN, que mantém um banco de talentos e oportunidades.
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